05 de jun 2025
Indústria do tabaco promove cigarros eletrônicos como alternativa, mas riscos persistem
Indústria do tabaco tenta reposicionar se com cigarros eletrônicos, mas estudos revelam riscos semelhantes aos do cigarro convencional.
Foto: Reprodução
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A indústria do tabaco, historicamente associada a problemas de saúde, enfrenta uma queda no número de fumantes e busca alternativas como os cigarros eletrônicos. O CEO da Philip Morris, Branko Sevarlic, defendeu os dispositivos eletrônicos como opções menos nocivas em entrevista à Folha. Ele afirmou que esses produtos devem ser adotados por fumantes adultos para promover a redução de danos.
Entretanto, estudos recentes contradizem essa afirmação, indicando que os cigarros eletrônicos podem ser tão prejudiciais quanto os convencionais, especialmente entre os jovens. O Comitê Europeu de Controle do Tabaco alertou que produtos de tabaco aquecido emitem substâncias cancerígenas e tóxicas. Além disso, não existem estudos conclusivos que comprovem a superioridade dos eletrônicos em relação aos cigarros tradicionais.
A estratégia da indústria do tabaco não é nova. Desde a Primeira Guerra Mundial, a promoção de cigarros como produtos glamourosos tem sido uma constante. Apesar de décadas de evidências científicas sobre os malefícios do tabaco, a indústria frequentemente minimizou os riscos associados ao fumo. A prevalência do tabagismo caiu significativamente no Brasil, de cerca de sessenta por cento na década de 1960 para aproximadamente dez por cento atualmente.
Recentemente, o Brasil registrou um aumento de vinte e cinco por cento no número de fumantes nas capitais, com um crescimento notável no uso de cigarros eletrônicos, especialmente entre mulheres. Essa tendência levanta preocupações sobre a eficácia dos eletrônicos como substitutos dos cigarros convencionais. Pesquisas indicam que os vapes podem ser mais viciantes e não reduzem os riscos à saúde.
O Ministério da Saúde e outras autoridades devem intensificar as ações contra a comercialização de cigarros eletrônicos. É fundamental impedir a entrada de produtos ilegais e reforçar campanhas de conscientização, especialmente entre os jovens. A experiência do Brasil em políticas antitabagistas mostra que a aprovação de cigarros eletrônicos não é justificada do ponto de vista científico.
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