04 de jun 2025
Nimesulida gera controvérsias por riscos à saúde e restrições em vários países
Uso da nimesulida no Brasil é questionado por especialistas; falta de monitoramento pode levar à retirada do medicamento do mercado.
Nimesulida pode ser encontrada em forma de comprimido, suspensão oral, supositório e gel tópico. (Foto: New Africa/Adobe Stock)
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A nimesulida, um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), enfrenta crescente controvérsia no Brasil devido aos riscos de danos hepáticos e gastrointestinais. Especialistas recomendam sua retirada do mercado, citando a falta de monitoramento adequado. O medicamento é utilizado para tratar febre, dor aguda e inflamações, mas já foi banido em diversos países.
No Brasil, a nimesulida está disponível em várias formas, como comprimidos e gel tópico. A dosagem recomendada varia entre cinquenta e duzentos miligramas, com um tempo de ação de até seis horas. Os efeitos colaterais mais comuns incluem diarreia, náusea e vômito, enquanto reações mais graves podem afetar o fígado e os rins.
O professor Cléber Domingos, da Universidade Federal do Ceará (UFC), alerta que a inibição das prostaglandinas, substâncias que protegem a mucosa gastrointestinal, pode aumentar a vulnerabilidade a danos. Desde 1997, relatos de lesões hepáticas têm sido registrados, levando países como Espanha, Finlândia e França a suspenderem seu uso.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que o registro de medicamentos é baseado na análise da relação benefício-risco. No entanto, Domingos destaca que a falta de monitoramento no Brasil é preocupante. Ele sugere que a nimesulida deveria ser substituída por alternativas mais seguras, como o ibuprofeno.
Atualmente, a nimesulida é contraindicada para crianças menores de doze anos e seu uso é limitado em outros países. A situação levanta questões sobre a segurança do medicamento e a necessidade de uma avaliação mais rigorosa antes da prescrição.
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