Saúde

Homens morrem mais cedo enquanto mulheres enfrentam doenças crônicas e sofrimento

Estudo revela que homens morrem mais cedo, enquanto mulheres enfrentam doenças crônicas. Ações de saúde específicas são urgentes.

Entre as 20 principais causas de doenças e mortes, 13 afetam mais os homens, aponta um estudo global. (Foto: Andrii Yalanskyi/Adobe Stock)

Entre as 20 principais causas de doenças e mortes, 13 afetam mais os homens, aponta um estudo global. (Foto: Andrii Yalanskyi/Adobe Stock)

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Um novo estudo da The Lancet Public Health revela que homens morrem mais cedo, enquanto mulheres enfrentam mais doenças crônicas. A pesquisa, que analisou dados do Estudo Global de Carga de Doença de 2021, destaca a necessidade de ações de saúde específicas para cada gênero.

Os homens têm maior probabilidade de falecer prematuramente por treze das vinte principais causas de morte, incluindo covid-19, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão. Em contrapartida, as mulheres sofrem mais com condições crônicas como dor lombar, transtornos mentais e cefaleias. O estudo não aborda doenças específicas de gênero, mas foca nas diferenças em condições comuns que afetam homens e mulheres de maneiras distintas.

Os dados mostram que os homens representaram 45% mais casos e mortes por covid-19 em 2021 em comparação às mulheres. Marcus Villander, especialista em Clínica Médica, explica que isso pode ser atribuído a fatores biológicos, como a maior expressão do receptor da ECA, que facilita a entrada do coronavírus nas células masculinas. Além disso, a resistência masculina em buscar atendimento médico contribui para diagnósticos tardios e maior mortalidade.

Desigualdade na Saúde

As mulheres, embora vivam mais, enfrentam um alto custo em termos de saúde. Elas lidam com doenças que não são fatais, mas que causam dor e sofrimento crônico. Djacir Figueiredo Neto, psiquiatra, aponta que a carga emocional e física das mulheres, que muitas vezes acumulam múltiplos papéis, não é devidamente reconhecida. Villander observa que as queixas femininas frequentemente são desqualificadas.

A adolescência é um período crítico, onde os meninos começam a adotar comportamentos de risco, enquanto as meninas já apresentam sintomas de dor e distúrbios emocionais. Figueiredo Neto sugere que escolas e serviços de saúde devem implementar programas de educação em saúde sensíveis ao gênero, abordando temas como autocuidado e empoderamento.

Necessidade de Ações Específicas

Os especialistas concordam que é essencial redesenhar o sistema de saúde com foco em equidade de gênero. Para os homens, Maria Cristina Izar, cardiologista, defende campanhas de conscientização que utilizem uma linguagem acessível e abordem a saúde masculina sem estigmas. Para as mulheres, é necessário ampliar o foco para além da gestação, investindo em saúde mental e tratamento da dor crônica.

O estudo é um chamado à ação, enfatizando a urgência de abordar as disparidades de saúde entre os gêneros de forma estratégica e coordenada.

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