Saúde

Rio Grande do Sul intensifica reflorestamento após desastre natural devastador

Iniciativas de reflorestamento no Rio Grande do Sul buscam mitigar danos de enchentes, mas ambientalistas pedem ações mais abrangentes.

Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, recebeu obras coordenadas pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) nas margens para evitar erosão. (Foto: Divulgação)

Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, recebeu obras coordenadas pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) nas margens para evitar erosão. (Foto: Divulgação)

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PORTO ALEGRE - Mais de um ano após as severas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, iniciativas de reflorestamento começam a ganhar destaque. Ambientalistas, no entanto, alertam para a necessidade de ações mais abrangentes para evitar novas tragédias.

O estado, vulnerável a eventos climáticos extremos, perdeu 2,8 mil hectares de vegetação nativa, um aumento de 70% no desmatamento em comparação a 2023. Especialistas afirmam que a recuperação da vegetação nativa é crucial para mitigar os impactos de futuras enchentes. O pesquisador Eduardo Vélez, do MapBiomas, destaca que uma política de reflorestamento deve focar na recuperação de toda a bacia hidrográfica.

Projetos em Andamento

Instituições como a Universidade do Vale do Taquari (Univates) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) estão implementando projetos de restauração. A Univates iniciou um trabalho nas margens do Rio Forqueta, enquanto a Unisc já atuava antes do desastre com o projeto Muda, que visa restaurar trechos de rios para evitar assoreamento.

O governo estadual lançou o projeto Reflora, que destina R$ 7,5 milhões para o plantio de seis mil mudas. Essa iniciativa utiliza uma técnica inovadora que acelera o crescimento de espécies nativas, permitindo que plantas que normalmente levariam até 20 anos para florescerem, possam fazê-lo em apenas seis meses a um ano.

Críticas e Desafios

Apesar do aumento do interesse por reflorestamento, a liberação de recursos ainda é lenta. A professora Elisete Freitas, da Univates, observa que muitas prefeituras não priorizam a recuperação de matas ciliares. Um relatório da Anistia Internacional criticou a falta de políticas eficazes de reflorestamento e recuperação das áreas afetadas.

As ações de restauração são essenciais não apenas para a recuperação ambiental, mas também para a proteção das comunidades locais. O professor Valério Pillar, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que a presença de vegetação nativa poderia ter reduzido os danos causados pelas enchentes.

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