Saúde

Aumento de crimes com veneno em alimentos preocupa autoridades e população

Casos de envenenamento alimentar no Brasil disparam, com 30 hospitalizações e 21 mortes. Acesso a venenos pela internet preocupa autoridades.

Compilado de casos de envenenamento desde 2024 (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

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Casos de envenenamento alimentar no Brasil aumentam e preocupam autoridades

Desde o ano passado, o Brasil tem enfrentado um aumento alarmante de casos de envenenamento alimentar, com 30 hospitalizações e 21 mortes registradas. A maioria das vítimas está ligada a pessoas próximas aos autores dos crimes, o que agrava a situação.

Recentemente, substâncias como arsênio voltaram a ser utilizadas em envenenamentos. Um caso chocante envolveu uma adolescente que envenenou uma amiga, enquanto uma mulher foi presa após matar três familiares com um bolo envenenado. As autoridades alertam para a facilidade de acesso a venenos pela internet e a necessidade de um diagnóstico mais eficaz em hospitais.

Facilidade de acesso a venenos

Especialistas afirmam que o aumento nos casos pode ser atribuído à facilidade de acesso a substâncias tóxicas e à dificuldade em diagnosticar envenenamentos. Alimentos como açaí, coxinha e bolo têm sido utilizados para ocultar venenos. Um levantamento do UOL revelou que, entre os 30 envenenados, 21 morreram.

Um dos primeiros casos notáveis foi o do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, encontrado morto após consumir um brigadeirão envenenado pela namorada. O uso de arsênio, uma substância rara em envenenamentos recentes, está preocupando especialistas. Deise Moura dos Anjos, presa em janeiro, usou arsênio em um bolo de Natal, resultando na morte de três familiares.

Desafios no diagnóstico e na legislação

Os sintomas de envenenamento muitas vezes se confundem com intoxicações alimentares comuns, dificultando o diagnóstico inicial. A chefe de Química Forense do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, Lara Regina Soccol Gris, destaca que os hospitais precisam ser capacitados para identificar e encaminhar casos suspeitos.

Além disso, a venda de venenos é facilitada por um mercado clandestino, onde substâncias proibidas são adquiridas e revendidas. A falta de uma legislação nacional unificada e a dificuldade de fiscalização agravam o problema. O professor de Criminologia da USP, Mauricio Stegemann Dieter, ressalta que o acesso a venenos está "vulgarizado", o que demanda uma resposta legislativa mais eficaz.

As autoridades e especialistas continuam a alertar sobre a gravidade da situação, enfatizando a necessidade de ações mais contundentes para prevenir novos casos de envenenamento no país.

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