Saúde

Canabidiol se torna tratamento eficaz para epilepsia resistente a medicamentos

Canabidiol reduz em 41% crises epilépticas em pacientes resistentes a medicamentos, destacando a urgência de sua inclusão no SUS.

Benefícios em relação a medicamentos convencionais respaldam necessidade de inclusão dessas alternativas no sistema de saúde (Foto: Freepik)

Benefícios em relação a medicamentos convencionais respaldam necessidade de inclusão dessas alternativas no sistema de saúde (Foto: Freepik)

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A epilepsia, síndrome neurológica crônica que afeta cerca de 2% da população mundial, pode ser tratada com medicamentos anticonvulsivantes ou cirurgia. Um estudo recente, conduzido por Bruno Fernandes Santos, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP, revela que o canabidiol (CBD) reduz em 41% as crises epilépticas em pacientes farmacorresistentes, superando a redução de 18,1% observada em grupos placebo.

A pesquisa, publicada na revista Acta Epileptologica, analisou seis estudos relevantes sobre o uso do CBD em epilepsia refratária. Santos destaca que a epilepsia é uma condição complexa, frequentemente estigmatizada, e que muitos pacientes enfrentam dificuldades no tratamento. O canabidiol se mostra uma alternativa promissora, especialmente para aqueles que não respondem a outros medicamentos.

Necessidade de Inclusão no SUS

Os resultados positivos do estudo indicam a necessidade de inclusão do CBD no Sistema Único de Saúde (SUS). Santos ressalta que, embora existam iniciativas estaduais para disponibilizar o canabidiol, a falta de um plano federal limita as opções para pacientes com epilepsia refratária. Ele afirma que o canabidiol não apenas reduz as crises, mas também melhora a qualidade de vida dos pacientes.

O mecanismo de ação do CBD está relacionado ao sistema endocanabinoide, que regula diversas funções no corpo, incluindo a atividade elétrica no cérebro. Santos explica que o canabidiol atua aumentando a produção de endocanabinoides, o que ajuda a controlar a hiperexcitabilidade neuronal.

Avanços e Cuidados

Apesar das evidências crescentes sobre os benefícios do CBD, Santos alerta para a necessidade de cautela. O uso indiscriminado do canabidiol para tratar diversas condições pode levar a expectativas irreais. Ele enfatiza a importância de basear o tratamento em evidências científicas, evitando decisões políticas baseadas em achismos.

A pesquisa sobre o canabidiol para epilepsia refratária é um passo significativo, mas a comunidade científica ainda busca entender completamente suas interações no organismo. O estudo de Santos contribui para a discussão sobre a regulamentação e a inclusão do canabidiol como uma opção de tratamento viável para pacientes que não respondem a terapias convencionais.

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