17 de jun 2025

Renda no campo impulsiona ações contra a desertificação e melhora a sustentabilidade
Estudo revela que mais de 60% das famílias na Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco vivem em pobreza extrema, exigindo ações urgentes.
Programa Raízes da Caatinga (Foto: Cláudio Gomes/IDH/)
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A Caatinga, um dos biomas mais ameaçados do Brasil, enfrenta sérios desafios devido às mudanças climáticas. Um estudo da Fundação IDH revela que mais de 60% das famílias nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco vivem abaixo da linha da pobreza, o que agrava a vulnerabilidade a eventos extremos, como secas.
A pesquisa, realizada em parceria com o Anker Research Institute e o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), aponta que a renda das famílias em áreas rurais é insuficiente para cobrir as necessidades básicas. Grazielle Cardoso, gerente do Programa Raízes da Caatinga, destaca que essa situação impede a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e a estruturação de cadeias produtivas.
No Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado em 17 de junho, a Fundação IDH enfatiza a importância de garantir rendimentos dignos para os trabalhadores rurais. Isso não apenas proporciona uma rede de segurança em tempos de crise climática, mas também permite investimentos em práticas agrícolas mais sustentáveis.
O estudo detalha os valores necessários para sustentar uma família de quatro pessoas, incluindo alimentação, educação e saúde. As estimativas indicam que 72% das famílias na Mata Paraibana estão abaixo da linha da pobreza, recebendo menos de 872 reais por mês. A pesquisa divide os estados em macrorregiões, considerando as variações nos custos de vida.
A renda digna é definida como o valor que uma família agrícola precisa para viver sem privações. As práticas regenerativas, que visam a sustentabilidade na produção agrícola, são apresentadas como uma solução para combater a desertificação e promover um futuro alimentar mais equitativo e resiliente.
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