18 de jun 2025


Três quartos das crianças francesas de 3 e 4 anos usam telas diariamente
Estudo revela que uso excessivo de telas por crianças na França pode prejudicar aprendizado e leva a ministra da Saúde a propor proibição.
Três em cada quatro crianças de 3 e 4 anos interagem com telas na França, que estuda proibição (Foto: Freepik)
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Três em cada quatro crianças de 3 a 4 anos na França utilizam telas, conforme um estudo do Ministério da Educação divulgado nesta terça-feira. O relatório sugere que essa prática pode impactar negativamente o aprendizado, levando a ministra da Saúde, Catherine Vautrin, a considerar a proibição do uso de telas para menores de 3 anos.
O estudo, que analisou dados de crianças matriculadas no ano letivo de 2021-22, revela que 75% das crianças assistem ou brincam com dispositivos digitais. Além disso, 45% possuem pelo menos um aparelho de acesso à internet. A pesquisa indica que uma em cada duas crianças utiliza telas "regularmente", enquanto uma em cada dez joga com frequência. O acesso a esses dispositivos varia conforme o nível educacional das mães e as características sociodemográficas dos alunos.
Entre as crianças cujos pais têm baixa qualificação, 21% possuem um tablet, em contraste com apenas 7% entre os filhos de gerentes ou diretores. A frequência de jogos regulares é três vezes maior entre os primeiros. O estudo também aponta que crianças com mães mais escolarizadas têm menos acesso a telas, com 85% delas nunca ou quase nunca jogando, em comparação a 52% das crianças cujas mães não têm qualificação.
Impactos no Aprendizado
A pesquisa estabelece uma correlação entre o uso de telas e o desempenho acadêmico. Brincar com dispositivos digitais durante os dias letivos está associado a resultados mais fracos, especialmente em linguagem. Aqueles que usam telas com frequência apresentam pontuações mais baixas, embora em menor grau. Por outro lado, crianças que brincam fora do horário escolar tendem a ter melhores resultados.
Um relatório recente de especialistas em saúde já havia alertado sobre os efeitos prejudiciais das telas na saúde e nas capacidades intelectuais dos jovens. Em resposta, Vautrin anunciou a intenção de proibir o tempo de tela para crianças do nascimento aos três anos, destacando a necessidade de apoiar os pais na gestão do uso de tecnologia em casa.
A proposta de legislação também inclui restrições para crianças até 6 anos, limitando o acesso a celulares e à internet até os 13 anos. Redes sociais seriam proibidas para menores de 15 anos, mesmo em ambientes familiares. Essas medidas visam mitigar os impactos negativos do uso excessivo de tecnologia, como atrasos no desenvolvimento da linguagem e distúrbios do sono.
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