24 de jun 2025

Lei Seca atinge 17 anos com 3 milhões de multas, 90% para homens no Brasil
A recusa ao teste do bafômetro cresce no Brasil, com mais de 2,1 milhões de infrações registradas em 17 anos da Lei Seca.

Operação da Lei Seca (Foto: Divulgação/Magno Segllia)
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O Brasil registrou 3,2 milhões de multas relacionadas à Lei Seca, que completou 17 anos na quinta-feira, conforme dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Deste total, 2,1 milhões referem-se à recusa do teste do bafômetro, um aumento de 63,9% em relação às infrações por dirigir sob influência de álcool, que somam 1,18 milhão.
O secretário nacional de trânsito, Adrualdo de Lima Catão, destacou a importância da Lei Seca, que tem promovido a conscientização e a fiscalização. Ele afirmou que a medida tem contribuído para a redução de comportamentos de risco e salvado vidas. Em 2023, a recusa ao teste do bafômetro atingiu um pico de 337 mil infrações, indicando uma resistência crescente à fiscalização.
Perfil dos Infratores
Os dados mostram que mais de 90% dos infratores são homens, com idade média de 39 anos. Apesar de os homens apresentarem 42% menos probabilidade de se recusar ao teste em comparação às mulheres, eles dominam o total de multas. O Senatran observa que a recusa pode ser uma estratégia para evitar a comprovação da presença de álcool ou drogas.
O deputado federal Hugo Leal (PSD-MG), autor da Lei Seca, ressaltou que a recusa ao teste é penalizada da mesma forma que a infração por dirigir sob influência, o que garante maior segurança aos agentes de fiscalização.
Distribuição das Infrações
Das 5.570 cidades brasileiras, 5.188 registraram infrações da Lei Seca, representando 93,12% do total. Os estados do Sul e Sudeste lideram em números de infrações, possivelmente devido a uma fiscalização mais rigorosa e maior densidade populacional. Em São Paulo, foram 696.378 registros de recusa, seguido pelo Distrito Federal com 163.894 e Rio de Janeiro com 153.616.
Esses dados revelam uma tendência preocupante de aumento nas infrações relacionadas à recusa do teste do bafômetro, exigindo ações mais eficazes de educação e fiscalização, especialmente voltadas para o público masculino.
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