29 de jun 2025

Compartilhamento de dados médicos transforma atendimento aos pacientes
Projeto de saúde permitirá compartilhamento de dados de pacientes entre instituições, otimizando atendimentos e gestão de informações em seis meses.

Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo)
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Um novo projeto inspirado no conceito de finanças abertas será implementado na área da saúde, permitindo o compartilhamento de dados de pacientes entre hospitais e laboratórios, incluindo o SUS. A iniciativa, que começará em seis meses, visa otimizar o atendimento e a gestão de informações.
Com a nova plataforma, a primeira consulta não começará mais do zero, mesmo que o paciente esteja em outra localidade. Em situações de emergência, não será necessário informar alergias ou tratamentos anteriores, reduzindo a redundância de exames e, consequentemente, os custos. O acesso ágil às informações de saúde promete acelerar os atendimentos, beneficiando tanto os pacientes quanto o sistema de saúde.
Integração de Instituições
O projeto é conduzido pelo Inova HC, núcleo tecnológico do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), e já conta com a participação de hospitais privados como Sírio-Libanês e Beneficência Portuguesa, além de redes de laboratórios como Dasa e Fleury. A previsão é que o sistema comece a operar em seis meses, com a inclusão da rede de farmácias RD e do Bradesco Saúde.
Os dados compartilhados incluirão informações sobre testes rápidos e vacinas aplicadas, o que permitirá ao Ministério da Saúde e secretarias estaduais atuarem de forma preventiva contra epidemias. A central de prontuários facilitará autorizações de procedimentos pelos planos de saúde e agilizará pagamentos aos hospitais.
Cuidados com a Privacidade
Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, destaca que o SUS já possui uma plataforma integrada, com dados disponíveis na Rede Nacional de Dados em Saúde. A integração das duas plataformas é essencial, mas deve ser feita com cautela para evitar violações de privacidade.
Ana Maria Malik, professora do FGVsaúde, ressalta que o acesso ao histórico de saúde não deve ser um fator para impedir a contratação de planos de saúde ou atendimentos. A coordenadora do programa de saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Marina Paullelli, também enfatiza a importância de garantir que não haja seleção de risco com base nas informações de saúde dos pacientes.
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