Saúde

Microplásticos são encontrados em sêmen humano e fluido folicular em estudo recente

Estudo revela microplásticos em fluidos reprodutivos humanos, indicando riscos potenciais à fertilidade e saúde reprodutiva.

Ben Stansall/AFP/Getty Images

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Pesquisadores da Universidade de Murcia, na Espanha, identificaram microplásticos em fluidos reprodutivos humanos, levantando preocupações sobre a saúde reprodutiva. O estudo, apresentado na reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, revelou que 69% das amostras de fluido folicular e 55% das amostras de sêmen continham partículas plásticas.

A pesquisa envolveu 25 mulheres e 18 homens, cujas amostras foram coletadas durante procedimentos de fertilidade. Os cientistas utilizaram técnicas avançadas de microscopia para detectar até nove tipos diferentes de microplásticos, incluindo politetrafluoroetileno (PTFE) e polietileno (PE). Embora as concentrações sejam consideradas baixas, a presença dessas partículas em fluidos essenciais para a reprodução é alarmante.

Os microplásticos podem entrar no corpo humano por ingestão, inalação ou contato com a pele, e uma vez dentro, podem ser distribuídos pela corrente sanguínea. O Dr. Emilio Gómez-Sánchez, líder da pesquisa, destacou que a detecção em fluidos reprodutivos não é uma surpresa total, mas a extensão da contaminação é preocupante.

Os pesquisadores também analisaram os recipientes utilizados para a coleta das amostras, garantindo que não houve contaminação externa. Apesar da baixa concentração de microplásticos, a pesquisa levanta questões sobre como essas partículas podem afetar a fertilidade e a saúde reprodutiva.

A necessidade de mais estudos é evidente. Pesquisadores pretendem aumentar o número de participantes e investigar a relação entre hábitos de vida e a presença de microplásticos nos fluidos reprodutivos. Além disso, será importante avaliar se essas partículas impactam a qualidade dos espermatozoides e dos óvulos.

A pesquisa ainda é preliminar e não estabelece uma ligação direta entre microplásticos e problemas de fertilidade. Contudo, a detecção desses materiais em fluidos reprodutivos humanos reforça a urgência de investigar os efeitos a longo prazo das partículas plásticas na saúde.

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