Saúde

Harvard alerta sobre os riscos do pré-diabetes e suas consequências para a saúde

Pré diabetes afeta milhões e aumenta riscos de doenças graves; mudanças de estilo de vida são essenciais para prevenção.

Quantidade média de açúcar no sangue no pré-diabetes é mais alta do que o normal, porém abaixo do nível de diabetes (Foto: Kwangmoozaa/Adobe Stock)

Quantidade média de açúcar no sangue no pré-diabetes é mais alta do que o normal, porém abaixo do nível de diabetes (Foto: Kwangmoozaa/Adobe Stock)

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A pré-diabetes é uma condição alarmante que afeta cerca de 98 milhões de americanos, representando mais de um em cada três adultos. No Brasil, a prevalência é de 18,5%, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, embora os dados possam estar subestimados. Essa condição ocorre quando o corpo não consegue utilizar a glicose de forma eficiente devido à resistência à insulina, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue, mas que ainda não são suficientes para um diagnóstico de diabetes.

Estudos recentes revelam que a pré-diabetes não é apenas um precursor do diabetes, mas também um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares, renais e hepáticas. Indivíduos com essa condição têm um risco 15% maior de desenvolver problemas cardíacos em comparação com aqueles que mantêm níveis normais de açúcar no sangue. O professor Howard LeWine, da Harvard Medical School, destaca a importância de monitorar fatores de risco como tabagismo, pressão arterial e colesterol LDL.

Importância do Estilo de Vida

Mudanças no estilo de vida são cruciais para prevenir a progressão da pré-diabetes. A American Diabetes Association recomenda que pessoas nessa condição busquem uma pressão arterial abaixo de 140/90 mmHg, enquanto LeWine sugere metas ainda mais baixas, em torno de 120/80 mmHg. Além disso, manter os níveis de LDL abaixo de 100 mg/dL é essencial, com o ideal sendo 70 mg/dL ou menos.

A pré-diabetes também exerce pressão sobre os rins, aumentando o risco de doença renal crônica em até duas vezes. O acúmulo de glicose no sangue pode danificar esses órgãos ao longo do tempo. Além disso, a condição está associada à doença hepática gordurosa, onde o excesso de açúcar é convertido em gordura armazenada no fígado.

Diagnóstico e Prevenção

A pré-diabetes frequentemente não apresenta sintomas, levando cerca de 80% dos afetados a desconhecerem sua condição. Médicos recomendam exames de sangue para medir a hemoglobina A1c, com valores entre 5,7% e 6,4% indicando pré-diabetes. Para controlar a condição, a perda de peso de 5% a 10% do peso corporal pode ser benéfica, assim como a prática de 150 minutos de exercícios aeróbicos por semana.

A adoção de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com redução de carboidratos simples, é fundamental. Essas mudanças não apenas ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue, mas também diminuem o risco de doenças cardiovasculares e danos renais. A combinação de exercícios aeróbicos e treinamento de resistência é especialmente eficaz para melhorar a saúde geral e prevenir complicações associadas à pré-diabetes.

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