Saúde credencia serviços privados para ampliar atendimento e reduzir filas no SUS

O programa Agora Tem Especialistas, que visa ampliar os atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), abriu nesta quarta-feira (2/7) o credenciamento para hospitais e clínicas privadas. A iniciativa busca aumentar a oferta de serviços especializados e realizar mutirões em agosto, especialmente em regiões remotas e vulneráveis.

Com o credenciamento, estabelecimentos de saúde poderão se unir ao programa e oferecer serviços a pacientes da rede pública a partir de agosto. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a ação é complementar e visa reforçar a assistência em finais de semana e feriados, além de estender turnos nos hospitais públicos. "Estamos mobilizando toda a estrutura do SUS — pública e privada — para enfrentar a fila por atendimento especializado", afirmou Padilha.

Detalhes do Credenciamento

O novo modelo de credenciamento possui quatro editais e conta com a parceria da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). O presidente do GHC, Gilberto Barichello, enfatizou a importância da colaboração para garantir que exames, consultas e cirurgias ocorram no tempo certo, evitando agravamentos de problemas de saúde.

Um mutirão programado para o dia 5 de agosto envolverá 45 hospitais federais universitários, com a expectativa de realizar 1 mil cirurgias, 1,2 mil consultas e 5,5 mil exames. O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou a importância de otimizar a eficiência dos hospitais universitários, proporcionando um atendimento mais digno e rápido.

Modalidades de Credenciamento

O novo modelo de credenciamento possui três modalidades, com um investimento total de R$ 2 bilhões por ano para a contratação de serviços privados. Essa medida pode possibilitar a realização de mais de 282 mil cirurgias e 10,2 mil exames. Os estabelecimentos credenciados informarão os serviços disponíveis, criando uma matriz de oferta que permitirá a contratação conforme a demanda local.

Para atender regiões desassistidas, o programa incluirá unidades móveis, com um investimento de R$ 1 bilhão para a contratação de 150 carretas. Essas unidades levarão serviços de saúde a áreas remotas, como territórios indígenas e quilombolas, com potencial para realizar 720 mil cirurgias e 9,4 milhões de exames por ano. As carretas oferecerão consultas e pequenas cirurgias em diversas especialidades, além de serviços de telessaúde.