20 de jan 2025
Escolha de carreira revela risco de condições mentais, aponta estudo com 400 mil pessoas
Estudo revela ligação entre escolha de carreira e predisposições genéticas. Profissionais de artes têm maior risco de distúrbios mentais, como depressão. Pessoas em tecnologia são menos vulneráveis à depressão e TDAH. Preconceitos sistêmicos na educação afetam indivíduos com predisposição genética. Pesquisa sugere que genética influencia, mas apenas 0,5% na escolha de carreira.
Busca por emprego (Foto: Unsplash)
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Cientistas analisaram dados de mais de quatrocentos mil britânicos e americanos e descobriram que a escolha de carreira pode estar relacionada ao risco de diversas condições mentais. A pesquisa identificou uma conexão entre genes que aumentam a probabilidade de distúrbios como TDAH, autismo, depressão e esquizofrenia, e as profissões exercidas. Por exemplo, indivíduos nas áreas de artes e design mostraram maior predisposição genética para doenças mentais, incluindo anorexia e transtorno bipolar.
Os resultados indicam que pessoas que trabalham com computadores têm maior chance de serem geneticamente predispostas ao autismo, mas são menos vulneráveis à depressão e ao TDAH. Já os professores tendem a apresentar sinais de anorexia e TDAH, enquanto aqueles em assistência social têm maior propensão a traços genéticos de depressão. Entre as vinte e uma profissões analisadas, o TDAH foi a condição mais associada, especialmente entre faxineiros, cozinheiros e motoristas.
Georgios Voloudakis, médico psiquiatra e autor do estudo, destacou que a pesquisa buscou entender se variantes genéticas que aumentam o risco de transtornos poderiam oferecer benefícios em contextos específicos. Apesar das associações, os pesquisadores afirmaram que a influência real dessas predisposições na escolha de carreira é pequena, representando cerca de 0,5% do que pode determinar a entrada em um setor.
Além disso, indivíduos com predisposição genética para TDAH tendem a evitar carreiras em áreas como arquitetura, tecnologia e saúde. Voloudakis sugere que preconceitos sistêmicos na educação podem impactar desproporcionalmente esses indivíduos. As descobertas ressaltam que, embora não seja possível prever a profissão de alguém com base na genética, existem tendências sutis que podem influenciar as escolhas profissionais em nível de grupo.
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