23 de jan 2025
TDAH reduz expectativa de vida em até 11 anos e aumenta risco de problemas mentais, aponta estudo
Estudo da University College of London revela expectativa de vida reduzida em adultos com TDAH. Homens com TDAH vivem de 4,5 a 9 anos a menos; mulheres, de 6,5 a 11 anos. Subnotificação do transtorno pode superestimar a redução da expectativa de vida. Acesso insuficiente ao tratamento e exclusão social afetam saúde e autoestima. Necessidade urgente de estratégias para prevenir mortes prematuras em pacientes com TDAH.
Algumas pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) têm dificuldade de se concentrar em tarefas de rotina. (Foto: FreePik)
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Um estudo recente da University College London revelou que adultos diagnosticados com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) podem ter uma expectativa de vida reduzida em até 11 anos. Publicado na revista The British Journal of Psychiatry, o trabalho analisou dados de 30 mil adultos com TDAH e comparou com 300 mil sem o transtorno. Os resultados mostraram que a expectativa de vida dos homens diminui entre 4,5 e 9 anos, enquanto para as mulheres a redução varia de 6,5 a 11 anos.
O autor sênior do estudo, Josh Stott, destacou a preocupação com a saúde dos adultos com TDAH, afirmando que muitos enfrentam exclusão social e eventos estressantes, o que impacta negativamente sua saúde e autoestima. Além disso, o estudo indicou uma subnotificação do transtorno, com menos de 1 em cada 9 adultos estimados com TDAH recebendo diagnóstico formal. Liz O'Nions, coautora do estudo, alertou que isso pode levar a uma superestimação da redução da expectativa de vida.
Os pesquisadores não conseguiram determinar as causas específicas das mortes, mas sugerem que a dificuldade de acesso ao tratamento e a qualidade de vida dos pacientes podem estar relacionadas à diminuição da expectativa de vida. O TDAH, um transtorno do neurodesenvolvimento, afeta a capacidade de concentração e gerenciamento do tempo, resultando em desafios em diversas áreas da vida.
Embora muitos indivíduos com TDAH vivam vidas longas e saudáveis, o estudo ressalta a necessidade de suporte adequado. Especialistas sugerem que profissionais de saúde devem coletar informações sobre condições comportamentais e médicas para abordar fatores de risco e melhorar o tratamento. Além disso, um estudo recente na Suécia indicou que o uso de medicação para TDAH pode reduzir o risco de mortalidade em 19% nos dois anos após o diagnóstico.
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