Saúde

Cultura esquelética: adolescentes enfrentam transtornos alimentares em busca de aceitação

A prevalência de transtornos alimentares entre jovens aumentou 100% pós pandemia. Redes sociais promovem padrões de beleza irrealistas, impactando a autoestima. Casos de Sofia e Isabella ilustram a influência negativa de conteúdos digitais. Especialistas alertam para a necessidade de intervenções multidisciplinares. Políticas públicas são urgentes para proteger crianças de conteúdos prejudiciais.

Conteúdos nas redes sociais podem estar influenciando jovens a desenvolverem transtornos alimentares. (Foto: Freepik)

Conteúdos nas redes sociais podem estar influenciando jovens a desenvolverem transtornos alimentares. (Foto: Freepik)

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À meia-noite, Sofia, de 14 anos, se deparou com a luz fria do celular enquanto navegava por Instagram e TikTok, admirando ídolos do k-pop e atrizes. Ao observar a magreza extrema dessas figuras, começou a se sentir insatisfeita com seu corpo, levando-a a desenvolver um transtorno alimentar (TA). Segundo a Associação Internacional de Profissionais dos Transtornos Alimentares, 90% dos casos ocorrem na infância e adolescência, e a relação entre redes sociais e esses transtornos é amplamente reconhecida.

Sofia, influenciada por contas que promoviam padrões de beleza esqueléticos, começou a restringir sua alimentação, escondendo-se de sua família e amigos. Com o tempo, perdeu mais de 10 quilos e desenvolveu anorexia, um dos TAs mais comuns entre jovens. Especialistas apontam que fatores como perfeccionismo, baixa autoestima e dinâmicas familiares disfuncionais contribuem para o surgimento desses transtornos, que se tornaram mais prevalentes após a pandemia, com um aumento de 100% entre jovens de 9 a 14 anos.

A psicóloga Candela Yatche destaca que as redes sociais oferecem estímulos constantes que podem levar ao desenvolvimento de TAs, especialmente com a manipulação de imagens e a pressão por curtidas. Isabella, outra jovem que enfrentou um TA, relatou que a obsessão por dietas e a comparação com influenciadoras a levaram a comportamentos autodestrutivos. Ambas as histórias refletem um fenômeno global, onde a exposição a padrões de beleza irreais nas redes sociais impacta negativamente a autoestima de adolescentes.

Para combater essa situação, especialistas defendem a alfabetização digital e intervenções multidisciplinares. A retirada temporária das redes sociais demonstrou reduzir os sintomas em jovens com TAs. Embora Sofia e Isabella estejam em tratamento e apresentem melhorias, ainda enfrentam desafios emocionais. Isabella já consegue ignorar conteúdos prejudiciais, enquanto Sofia reconhece sua doença como uma "amiga tóxica" da qual precisa se afastar. Ambas buscam agora viver de forma mais saudável e equilibrada.

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