Saúde

Escolas enfrentam desafio de cuidar da saúde mental dos jovens na era digital

Minissérie "Adolescência" da Netflix provoca debate sobre saúde mental e comunicação entre gerações após retratar assassinato em escola.

Owen Cooper como Jamie Miller na minissérie 'Adolescência' (Foto: Divulgação/Netflix)

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A nova minissérie da Netflix, Adolescência, provoca reflexões sobre a complexidade do comportamento juvenil ao retratar a história de Jamie Miller, um adolescente que cometeu um assassinato em sua escola. Ao contrário do que se espera, Jamie não vem de um ambiente desestruturado; seus pais são amorosos e a escola é semelhante a qualquer outra. Essa realidade desafia a noção comum de que fatores externos são os únicos responsáveis por tragédias desse tipo.

A série destaca o abismo entre gerações, que pode levar ao isolamento e à dificuldade de comunicação, dificultando a identificação de problemas de saúde mental. Leticia Lyle, cofundadora da Camino Education, observa que muitos pais se questionam sobre o que podem estar perdendo de vista em relação ao bem-estar de seus filhos. A narrativa também toca em questões como bullying e a influência das redes sociais, que podem intensificar o sofrimento emocional dos jovens.

O criador Stephen Graham se inspirou em casos reais de violência escolar no Reino Unido, ressaltando que o ambiente escolar é um terreno fértil para o bullying, enquanto os quartos dos adolescentes, repletos de interações virtuais, podem perpetuar essa dor. O psiquiatra Rodrigo Bressan aponta que muitos jovens se identificam com o movimento "Incel", que expressa frustração em relação a relacionamentos e culpa as mulheres por sua solidão.

Especialistas sugerem que escolas devem promover um ambiente de acolhimento e diálogo, envolvendo pais e alunos em discussões sobre saúde mental e redes sociais. João Pedro Wanderley, psiquiatra, enfatiza a importância de terapeutas nas instituições para identificar problemas precocemente. Além disso, Manuela Moura, psicóloga, destaca que a comunicação aberta entre pais e filhos é crucial para detectar sinais de sofrimento, reforçando que a saúde mental dos adolescentes é uma responsabilidade compartilhada entre família e sociedade.

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