02 de mai 2025
Cientista investiga bioeletricidade para entender desenvolvimento de organismos vivos
Padrões elétricos podem revolucionar a regeneração de órgãos e o envelhecimento, revela pesquisa de Michael Levin na Universidade Tufts.
Pesquisador cria planária com duas cabeças em experimento com bioeletricidade (Foto: Divulgação)
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Michael Levin, cientista da Universidade Tufts, investiga como padrões elétricos podem promover a regeneração de órgãos e retardar o envelhecimento. Levin, que cresceu na União Soviética, se tornou um especialista em bioeletricidade, área que considera essencial para entender o desenvolvimento de organismos vivos.
Levin descreve a bioeletricidade como uma "cola cognitiva" que permite que células cooperem e resolvam problemas de forma conjunta. Ele afirma que essas células possuem memória e são capazes de aprender a solucionar desafios. O foco de sua pesquisa é entender como as redes elétricas influenciam o desenvolvimento de órgãos a partir de uma única célula.
O cientista explora a possibilidade de aplicar esses conhecimentos em áreas como regeneração de tecidos humanos e controle do envelhecimento. Levin acredita que, no futuro, será viável enviar comandos específicos para células, instruindo-as a se tornarem diferentes tipos de tecidos, como olhos ou pele saudável.
Avanços em Bioeletricidade
Recentemente, o laboratório de Levin conseguiu induzir a formação de planárias com múltiplas cabeças através de estímulos elétricos. Essa descoberta abre portas para catalogar e replicar padrões elétricos que moldam a formação de órgãos. O desafio é coletar dados sobre esses estímulos, que variam conforme a espécie, órgão e idade.
Além disso, Levin desenvolveu os antrobots, robôs biológicos feitos a partir de células humanas. Esses dispositivos têm o potencial de contribuir para tratamentos personalizados de saúde. A criação de novos órgãos ou funções a partir de células ainda não exploradas representa um desafio significativo, mas Levin acredita na plasticidade das células para realizar tais tarefas.
A pesquisa de Levin pode revolucionar a medicina regenerativa, permitindo que células sejam manipuladas para curar doenças e regenerar partes do corpo humano. O cientista continua a investigar como mensagens elétricas podem ser utilizadas para guiar o desenvolvimento celular, com o objetivo de transformar a forma como tratamos condições de saúde.
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