Saúde

Cientistas descobrem ligação entre proteínas que preserva memórias a longo prazo

Descoberta revela que a interação entre as proteínas KIBRA e PKMζ é essencial para a formação e manutenção das memórias.

Como as memórias duram a vida toda quando as moléculas que as formam se renovam em dias, semanas ou meses? Uma interação entre duas proteínas aponta para uma base molecular para a memória. (Foto: Carlos Arrojo/Quanta Magazine)

Como as memórias duram a vida toda quando as moléculas que as formam se renovam em dias, semanas ou meses? Uma interação entre duas proteínas aponta para uma base molecular para a memória. (Foto: Carlos Arrojo/Quanta Magazine)

Ouvir a notícia

Cientistas descobrem ligação entre proteínas que preserva memórias a longo prazo - Cientistas descobrem ligação entre proteínas que preserva memórias a longo prazo

0:000:00

Recentemente, Todd Sacktor e sua equipe da Universidade de Nova York Downstate descobriram que a interação entre as proteínas KIBRA e PKMζ é essencial para a formação e manutenção de memórias. A pesquisa, publicada na Science Advances, oferece uma nova perspectiva sobre como as memórias persistem, mesmo com a degradação molecular.

Sacktor, que se tornou neurocientista após experiências pessoais com a memória, investigou como as memórias podem durar anos, apesar da constante renovação das moléculas no corpo. Em seus estudos, ele e seu colaborador André Fenton identificaram que a ligação entre KIBRA e PKMζ está associada ao fortalecimento das sinapses, fundamentais para a formação da memória.

Os pesquisadores demonstraram que, à medida que as proteínas se degradam, novas moléculas substituem as antigas, mantendo a integridade da ligação sináptica. Karl Peter Giese, neurobiólogo do King’s College London, elogiou a pesquisa, afirmando que a interação entre essas moléculas é necessária para o armazenamento da memória.

Descobertas Importantes

Sacktor e Fenton, ao longo de suas investigações, descobriram que a PKMζ é crucial para a memória de longo prazo. Em experimentos, a inibição da PKMζ resultou na reversão do fortalecimento sináptico, sugerindo que essa proteína é "necessária e suficiente" para a preservação da memória. No entanto, estudos posteriores questionaram essa hipótese, mostrando que camundongos sem PKMζ ainda conseguiam formar memórias.

Em resposta, Sacktor e Fenton identificaram uma molécula compensatória que atua na ausência da PKMζ. A pesquisa mais recente revelou que a KIBRA, uma proteína que mantém outras proteínas no lugar dentro das sinapses, interage com a PKMζ. Essa interação é crucial não apenas para a formação, mas também para a manutenção das memórias ao longo do tempo.

Implicações da Pesquisa

Os resultados indicam que a associação entre KIBRA e PKMζ é fundamental para a persistência das memórias. Quando a interação é interrompida, as memórias podem ser apagadas. Essa descoberta ajuda a resolver o enigma de como as memórias podem durar a vida toda, apesar da degradação das moléculas envolvidas.

O estudo também sugere que a KIBRA pode atuar como uma "marca sináptica", guiando a PKMζ para as sinapses específicas envolvidas na formação de memórias. Essa nova compreensão pode abrir caminhos para futuras pesquisas sobre a memória e suas bases moleculares, além de contribuir para o entendimento de condições que afetam a memória.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela