03 de jun 2025
Avanços em imunoterapia oferecem novas esperanças no tratamento do câncer
Imunoterapia CAR T mostra resultados promissores em glioblastoma, reduzindo tumores em 62% e aumentando sobrevida em câncer gástrico.
Foto: Reprodução
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A terapia CAR-T (células T com receptor de antígeno quimérico) apresentou resultados promissores no tratamento de glioblastoma, um dos tipos mais agressivos de câncer cerebral. Em um estudo recente, 62% dos pacientes com tumores recorrentes mostraram redução significativa no tamanho dos tumores após a aplicação da terapia. Os dados foram apresentados na Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e publicados na revista Nature Medicine.
Os pesquisadores do Centro de Câncer Abramson, da Universidade da Pensilvânia, desenvolveram uma abordagem inovadora que ataca duas proteínas frequentemente encontradas em tumores cerebrais: o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) e o receptor alfa 2 de interleucina-13 (IL13Rα2). A terapia foi administrada diretamente no líquido cerebrospinal dos pacientes, após a remoção cirúrgica do máximo possível do tumor.
Dos dezoito participantes do estudo, treze ainda apresentavam pelo menos um centímetro de tumor após a cirurgia. Destes, oito pacientes (62%) tiveram redução no tamanho do tumor. Apesar de a terapia não ter levado à cura, dois pacientes mantiveram a doença estável por mais de seis meses, e três dos sete que foram acompanhados por pelo menos um ano ainda estavam vivos após esse período.
Os pesquisadores destacam que a terapia CAR-T ainda não conseguiu curar os pacientes, mas os resultados indicam um avanço significativo em relação a tratamentos anteriores. O principal pesquisador, Stephen Bagley, afirmou que a redução dos tumores é um resultado extraordinário, considerando que tratamentos anteriores não conseguiram esse efeito.
O próximo passo da pesquisa envolve testar a terapia em pacientes recém-diagnosticados, com a expectativa de que o câncer seja mais vulnerável ao tratamento nessa fase inicial. A equipe planeja também administrar doses adicionais da terapia para prolongar o tempo antes do crescimento tumoral.
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