07 de jun 2025
Cientistas revelam como emoções persistem na mente após experiências sensoriais
Cientistas revelam como emoções persistem no cérebro e como a ketamina pode bloquear essa resposta, aliviando desconforto e ansiedade.
Resultados do estudo são os primeiros que relacionam os sentimentos com a ativação de neurônios no cérebro. (Foto: Adobe Stock)
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Cientistas descobriram novos mecanismos que explicam como emoções se mantêm na mente após experiências sensoriais. O estudo, realizado em humanos e ratos, revela que uma ativação neural inicial é seguida por uma resposta emocional duradoura, que pode ser bloqueada pela ketamina.
As emoções surgem de experiências sensoriais, como o medo ao ver uma cobra ou o prazer ao sentir o aroma de uma flor. Muitas dessas emoções podem persistir mais do que o desejado, levando a condições como ansiedade crônica. Até agora, os mecanismos que garantem essa permanência eram pouco compreendidos.
Para investigar, os cientistas desenvolveram um modelo que permite estudar a mesma emoção em ratos e humanos. O experimento consistiu em aplicar um jato de ar comprimido na córnea de voluntários. Tanto ratos quanto humanos reagiram fechando os olhos e tentando desviar a cabeça. Após o estímulo, o desconforto persistiu por alguns segundos.
Mecanismos de Resposta Emocional
Os pesquisadores monitoraram a atividade neuronal em ratos, observando que a ativação inicial dos neurônios era seguida por um padrão de atividade que se espalhava pelo cérebro. Para confirmar esses achados em humanos, pacientes com epilepsia consentiram em participar do experimento durante cirurgias. Os resultados mostraram que a mesma ativação neural ocorria em ambos os grupos.
A ketamina, um anestésico, demonstrou bloquear essa segunda fase da resposta emocional. Quando administrada antes do jato de ar, tanto ratos quanto humanos não relataram desconforto ou ansiedade após o estímulo. Isso indica que a ketamina pode dissociar a experiência sensorial das emoções associadas.
Esses resultados são os primeiros a relacionar diretamente a ativação neuronal com a formação de emoções. A pesquisa abre novas possibilidades para entender e tratar condições emocionais persistentes.
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