Saúde

Células-tronco demonstram potencial para regenerar o coração humano em tratamento inovador

Tratamento experimental com patch de células derivadas de cordão umbilical foi realizado em 2021. Pesquisa confirma que é possível regenerar o coração humano, beneficiando pacientes com insuficiência cardíaca. Apenas 5.000 transplantes cardíacos são realizados anualmente, evidenciando a escassez de órgãos. Técnica inovadora utiliza células reprogramadas, com resultados promissores em 15 pacientes. Estudo destaca a importância de novas opções para os 64 milhões que sofrem de insuficiência cardíaca.

Intervenção para implantar o patch no coração de um macaco (esquerda) e o resultado da operação três meses depois. (Foto: A. Jebran et al., Nature)

Intervenção para implantar o patch no coração de um macaco (esquerda) e o resultado da operação três meses depois. (Foto: A. Jebran et al., Nature)

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Uma mulher de 46 anos com insuficiência cardíaca grave recebeu um tratamento experimental em 2021, que consistiu na aplicação de dez patches contendo 400 milhões de células derivadas de células-tronco em seu coração. Após a operação, sua condição se estabilizou por três meses, permitindo que ela fosse submetida a um transplante cardíaco. O estudo, publicado na revista Nature, revela que os patches permaneceram no lugar e formaram vasos sanguíneos, indicando um avanço significativo na regeneração do músculo cardíaco.

O líder da pesquisa, Wolfram-Hubertus Zimmermann, destacou a importância do estudo, uma vez que 64 milhões de pessoas no mundo sofrem de insuficiência cardíaca, e menos de 1% dos pacientes necessitados recebem um transplante. O tratamento não visa substituir o transplante, mas oferece uma alternativa para pacientes em estado avançado que aguardam um órgão. Até agora, quinze pessoas foram tratadas com esses patches, e os pesquisadores planejam expandir os testes.

A técnica se baseia em descobertas do médico japonês Shinya Yamanaka, que demonstrou que células adultas podem ser reprogramadas para se tornarem células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). Os pesquisadores misturaram essas células com gel de colágeno para criar os patches, que foram implantados de forma minimamente invasiva. Essa abordagem é promissora, pois evita complicações comuns em procedimentos anteriores, como arritmias e rejeição.

Embora os resultados sejam encorajadores, o médico Florian Anton Weinberger expressou ceticismo sobre o mecanismo de ação dos patches, sugerindo que mais estudos são necessários para entender como as novas células se integram ao tecido cardíaco existente. Apesar disso, a pesquisa representa um passo importante em direção a novas terapias para doenças cardíacas, oferecendo esperança para milhões de pacientes em todo o mundo.

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