04 de mar 2025
Bebê tratada com medicamento no útero nasce saudável e sem sinais de AME
Menina de dois anos tratada com Risdiplam antes do nascimento é caso inédito. Diagnóstico de AME foi feito antes do parto, sem sinais da doença atualmente. Tratamento in utero foi aprovado pela FDA após solicitação dos pais da criança. Risdiplam aumenta produção da proteína SMN, essencial para o desenvolvimento motor. Resultados positivos podem abrir caminho para novas abordagens em doenças genéticas.
Gravidez (Foto: Unsplash)
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Uma menina de dois anos e meio foi diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME) antes de nascer e recebeu tratamento ainda no útero, um caso inédito. Hoje, a criança vive uma vida saudável, sem sinais da doença, que causa a perda de força muscular devido à morte dos neurônios motores. O relato foi feito pelo neurocientista Richard Finkel, do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude, e publicado no The New England Journal of Medicine.
Os pesquisadores explicaram que a paciente não possuía as duas cópias do gene SMN1, mutação responsável pela AME, e contava apenas com uma cópia do gene SMN2, que não produzia proteína suficiente para manter os neurônios motores. A ideia de tratar a criança no útero partiu dos pais, que já haviam perdido um filho devido à doença. Eles buscaram informações sobre opções de tratamento antes do parto.
A FDA (Food and Drug Administration) aprovou um estudo experimental para o caso. Com a mãe grávida de 32 semanas, ela começou a tomar Risdiplam, medicamento que ajuda o gene SMN2 a produzir mais proteína. Exames confirmaram que o remédio estava chegando ao feto. Após o nascimento, a bebê continuou o tratamento e, comparada a outras crianças com AME, apresenta níveis mais altos de proteína SMN e menos danos motores.
Atualmente, a menina não apresenta sinais de fraqueza muscular e seus músculos se desenvolvem normalmente. Os médicos monitoram seu progresso e acreditam que o tratamento in utero pode ser uma nova abordagem para combater a AME e outras doenças, embora mais estudos sejam necessários para conclusões definitivas.
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