GM e OnStar proibidos de vender dados de direção por cinco anos após investigação

A General Motors (GM) e sua subsidiária OnStar estão proibidas de vender dados de geolocalização e comportamento de direção de clientes por cinco anos, conforme anunciou a Comissão Federal de Comércio (FTC) na quinta-feira. A decisão segue uma investigação do New York Times que revelou que a GM coletava informações detalhadas sobre os hábitos de direção dos clientes, como aceleração, frenagem e duração das viagens, e as vendia para seguradoras e corretores de dados, como LexisNexis e Verisk. Muitos proprietários de veículos ficaram surpresos ao ver o aumento em suas apólices de seguro.

Um consumidor expressou sua indignação ao relatar que, ao se inscrever no serviço, acreditava que a OnStar apenas o rastrearia, sem mencionar a venda de dados a terceiros. A FTC acusou a GM de utilizar um “processo de inscrição enganoso” para convencer os proprietários a aderirem ao serviço conectado da OnStar e ao recurso Smart Driver, sem informar sobre a coleta e venda de dados. Após a revelação, a GM anunciou o fim do programa OnStar Smart Driver.

A presidente da FTC, Lina Khan, destacou que a GM monitorava e vendia dados de geolocalização e comportamento de direção com uma frequência de até três segundos. A ação visa proteger a privacidade dos americanos e evitar a vigilância descontrolada. O acordo também exige que a GM obtenha consentimento dos clientes antes de coletar dados de comportamento de direção e permita que eles solicitem a exclusão de suas informações.

Em uma declaração não assinada, a GM afirmou seu compromisso com a privacidade dos clientes. A empresa agora deve implementar medidas para garantir que os consumidores estejam cientes e concordem com a coleta de seus dados, além de garantir a possibilidade de exclusão das informações coletadas.