17 de out 2024
Cientistas buscam soluções para cultivar alimentos em Marte e enfrentar o desafio das perchloratas
Pesquisadores buscam microrganismos para remover percloratos do solo marciano. A NASA e a National Science Foundation apoiam a pesquisa para viabilizar a agricultura. Percloratos são tóxicos e abundantes em Marte, dificultando o cultivo de plantas. A transformação do solo marciano pode beneficiar também áreas áridas na Terra. O projeto pode permitir o cultivo de alimentos em Marte, essencial para missões futuras.
Desenho em linha branca de uma cena agrícola com pomar, celeiro, culturas e animais de fazenda desenhados sobre uma foto da paisagem marciana (Foto: NASA/JPL-CALTECH/MSSS)
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A pesquisa sobre a possibilidade de cultivar plantas em Marte enfrenta desafios significativos devido à presença de percloratos, substâncias tóxicas que tornam o solo marciano inóspito. Com a meta de estabelecer uma presença humana independente no planeta vermelho, a NASA e outras instituições estão explorando métodos para transformar o rególito marciano, que é composto por rochas e poeira, em solo fértil. A concentração de percloratos na superfície de Marte é de cerca de 0,5%, em contraste com níveis muito mais baixos encontrados na Terra, o que representa um obstáculo para a agricultura.
Os cientistas estão investigando o uso de micro-organismos para remover os percloratos e enriquecer o rególito com nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. A pesquisa, que conta com financiamento da NASA e da Fundação Nacional de Ciências, busca desenvolver técnicas que possam não apenas tornar Marte habitável para a agricultura, mas também oferecer soluções para a remediação de solos contaminados na Terra. A ideia é que, ao resolver o problema de cultivo em Marte, as tecnologias desenvolvidas possam ser aplicadas em áreas áridas e contaminadas do nosso planeta.
Experimentos em laboratórios, como o da Universidade Estadual do Arizona, utilizam simulantes de solo marciano para testar a eficácia de diferentes cepas de bactérias na redução de percloratos. Os resultados iniciais são promissores, com a redução das concentrações de percloratos e o aumento de compostos orgânicos no solo simulado. A pesquisa também visa entender como a atividade microbiana pode transformar o rególito em um substrato mais adequado para o crescimento de plantas, como alface, tomates e quinoa.
A segurança alimentar é uma preocupação central para futuras missões a Marte, onde a dependência de suprimentos da Terra é limitada. Os cientistas defendem uma abordagem diversificada para a produção de alimentos, combinando cultivo em rególito, hidroponia e ração congelada. Essa estratégia não apenas aumenta a resiliência das missões, mas também reflete a necessidade humana de cultivar e dominar a terra, mesmo em um ambiente tão hostil quanto Marte.
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