Tecnologia

Habitat Marte: estação no sertão potiguar simula vida no planeta vermelho

O Habitat Marte, no Rio Grande do Norte, simula vida em Marte desde 2017. Recentemente, foram construídos a Lava Cave e o Habitat Lunar, ampliando as instalações. O projeto já realizou mais de 180 missões e desenvolveu 200 protocolos espaciais. Investimentos superam R$ 1 milhão, com manutenção anual de R$ 60 mil, sem apoio fixo. Iniciativas visam inovações para agricultura espacial e soluções para comunidades remotas.

Professor Julio Rezendo acompanha pesquisadores por vulcão extinto. O ambiente faz parte do complexo Habitat Marte. (Foto: Julio Rezende/Reprodução)

Professor Julio Rezendo acompanha pesquisadores por vulcão extinto. O ambiente faz parte do complexo Habitat Marte. (Foto: Julio Rezende/Reprodução)

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A distância entre a Terra e Marte varia de 54,6 milhões a 401 milhões de quilômetros, dependendo das posições orbitais dos planetas. Uma viagem de ida pode levar entre três e quatro meses e meio. No entanto, brasileiros podem conhecer um “pedaço de Marte” sem sair do planeta: o Habitat Marte, localizado no sertão do Rio Grande do Norte, a cerca de 100 km de Natal. Este projeto simula as condições de vida no planeta vermelho, promovendo pesquisas e desenvolvendo tecnologias úteis para a exploração espacial e para a vida na Terra.

Inspirado na Mars Desert Research Station, o Habitat Marte começou suas atividades em 2017, baseado nas pesquisas do professor Júlio Rezende, da UFRN. O espaço colabora com instituições nacionais e internacionais, realizando treinamentos e experimentos focados na vida de astronautas, autosustentabilidade, saúde e agricultura. Desde sua criação, o projeto evoluiu, incluindo a construção da Lava Cave em 2023 e do Habitat Lunar em 2024, ambos com designs inovadores e sustentáveis.

Mais de R$ 1 milhão já foram investidos na construção do espaço, que tem um custo anual de manutenção estimado em R$ 60.000. Sem apoio fixo de instituições governamentais, o Habitat Marte depende de taxas de uso e editais de fomento. Apesar das dificuldades financeiras, já foram realizadas mais de 180 missões, resultando em mais de 200 protocolos espaciais e a participação de mais de 1.000 pesquisadores, incluindo a astronauta Sian Proctor.

O Habitat também oferece experiências para estudantes, simulando um dia no espaço. Rezende destaca a importância da pesquisa espacial como um investimento estratégico para o futuro científico do Brasil. Missões análogas testam tecnologias antes de serem enviadas ao espaço, além de gerar inovações que beneficiam a vida na Terra, como sistemas autossustentáveis e novas estratégias de produção de alimentos. “Nosso planeta é uma grande espaçonave viajando pelo cosmos”, reflete Rezende, ressaltando a conexão entre a pesquisa espacial e as necessidades da humanidade.

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