Tecnologia

Cientistas revelam origens distintas de dois intrigantes flashes de rádio no espaço

Quatro novos estudos revelam que FRBs têm origens distintas e variadas. Uma FRB foi detectada próxima a um magnetar, outra em galáxia antiga. FRB 20221022A apresenta emissão polarizada, indicando proximidade a estrela. FRB 20240209A surge em galáxia sem formação estelar, desafiando teorias. Descobertas abrem novas possibilidades para entender fenômenos cósmicos.

(Foto: Andre Recnik/Dunlap Institute for Astronomy & Astrophysics; University of Toronto)

(Foto: Andre Recnik/Dunlap Institute for Astronomy & Astrophysics; University of Toronto)

Ouvir a notícia

Cientistas revelam origens distintas de dois intrigantes flashes de rádio no espaço - Cientistas revelam origens distintas de dois intrigantes flashes de rádio no espaço

0:000:00

Astrônomos continuam a investigar os ráfios de rádio rápidos (FRBs), flashes luminosos de ondas de rádio que surgem do espaço e que intrigam a comunidade científica desde sua primeira detecção em 2007. Esses sinais enigmáticos liberam uma quantidade de energia em milissegundos equivalente à que o Sol emite em um dia. Recentemente, quatro estudos revelaram novas informações sobre as origens desses fenômenos, indicando que eles podem ter diferentes causas e locais de origem. Um dos FRBs foi rastreado até um ambiente caótico próximo a uma estrela de nêutrons densa chamada magnetar, enquanto outro veio de uma galáxia distante e sem formação estelar.

Os pesquisadores utilizaram o CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment), um telescópio especializado, para detectar milhares de FRBs desde 2020. O estudo de um FRB específico, FRB 20221022A, revelou que ele se originou a cerca de 200 milhões de anos-luz da Terra e apresentou um padrão de emissão altamente polarizado, sugerindo que o sinal veio de um ambiente próximo a um magnetar. Os cientistas estão divididos entre duas teorias sobre a formação dos FRBs: uma que sugere que o sinal se forma dentro do ambiente magnético da estrela e outra que propõe que ele ocorre mais distante, impulsionado por um choque.

Outro FRB, FRB 20240209A, detectado em fevereiro de 2024, apresentou 21 pulsos adicionais até julho e foi rastreado até os limites de uma galáxia antiga, com 11,3 bilhões de anos, a 2 bilhões de anos-luz da Terra. Este FRB foi encontrado na periferia da galáxia, onde não há formação de novas estrelas, levantando questões sobre como eventos tão energéticos podem ocorrer em regiões estelares inativas. Os pesquisadores sugerem que esse FRB pode ter se originado de um aglomerado denso de estrelas, onde magnetares podem se formar a partir da fusão de estrelas de nêutrons.

Essas descobertas indicam que os FRBs podem ter origens diversas, desafiando a visão tradicional de que eles se formam principalmente em regiões de formação estelar. A pesquisa em andamento e os avanços na tecnologia de detecção de FRBs podem ajudar a esclarecer ainda mais os mistérios que cercam esses fenômenos cósmicos. A compreensão das condições em que os FRBs ocorrem pode ser fundamental para desvendar a natureza desses sinais enigmáticos e suas implicações para a dinâmica do universo.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela