Satélites da Starlink enfrentam danos devido a erupções solares e aumento da temperatura atmosférica

Os satélites da Starlink, da SpaceX, estão enfrentando problemas devido a erupções solares. Esses fenômenos estão acelerando a reentrada dos satélites na atmosfera, reduzindo sua vida útil em até dez dias. O aumento da atividade solar, que atinge seu pico a cada onze anos, está causando tempestades geomagnéticas que afetam a resistência dos satélites.

Com mais de sete mil satélites da Starlink em órbita, a situação se torna crítica. Especialistas, como Denny Oliveira, do Goddard Space Flight Center da NASA, afirmam que as tempestades geomagnéticas fazem com que os satélites reentrem mais rapidamente do que o normal. Entre 2020 e 2024, 523 satélites da Starlink foram observados reentrando na atmosfera, onde devem queimar completamente.

Impactos e Desafios

O fenômeno solar, embora prejudicial, pode ter um efeito positivo ao acelerar a remoção de satélites obsoletos, que podem danificar os ativos em funcionamento. Sean Elvidge, da Universidade de Birmingham, destaca que isso pode beneficiar as operadoras. Contudo, a reentrada mais rápida pode dificultar a queima completa dos satélites na atmosfera, aumentando o risco de detritos espaciais.

A SpaceX não comentou sobre os danos causados pelas erupções solares. A empresa planeja expandir sua constelação para trinta mil satélites, o que intensifica a preocupação com a gestão do espaço orbital. A situação atual é inédita, com um número recorde de satélites reentrando simultaneamente, o que pode levar a uma nova era na operação de satélites em órbita.