05 de jun 2025
Erupções solares aceleram reentrada de satélites Starlink na atmosfera terrestre
Tempestades solares estão acelerando a reentrada de satélites na atmosfera, reduzindo drasticamente sua vida útil, especialmente os da Starlink.
Lançamento do foguete Falcon 9, da SpaceX, com satélites da Starlink. (Foto: Sam Wolfe - Reuters)
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Erupções solares estão impactando a vida útil de milhares de satélites em órbita da Terra, especialmente os sete mil dispositivos Starlink da SpaceX. Pesquisadores do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA e da Universidade de Maryland revelaram que a atividade solar intensa, observada no último ano, resultou em uma reentrada recorde de satélites na atmosfera.
Durante os períodos de máximo solar, que ocorrem a cada onze anos, as erupções solares aumentam, provocando tempestades geomagnéticas. Essas tempestades são causadas pela interação de partículas solares com o campo magnético da Terra, levando a falhas em sistemas de comunicação e a auroras intensas. Em maio de 2024, a maior tempestade solar em duas décadas foi registrada, causando auroras boreais em várias regiões da Europa e até auroras austrais na Argentina e no Chile.
Impacto nos Satélites
As tempestades solares aquecem e expandem a atmosfera, aumentando a resistência enfrentada pelos satélites. Isso pode reduzir a vida útil de um satélite de quinze para apenas cinco dias durante eventos extremos. O pesquisador Denny Oliveira afirmou que, durante tempestades geomagnéticas, os satélites reentram na atmosfera mais rapidamente do que o esperado.
O estudo destaca que, entre 2020 e 2024, foram rastreados quinhentos e vinte e três satélites Starlink retornando à atmosfera, todos projetados para se desintegrar. Em eventos geomagnéticos severos, trinta e sete satélites da SpaceX reentraram apenas cinco dias após o lançamento. A previsão é que, em alguns anos, satélites voltem à atmosfera diariamente.
Desdobramentos e Preocupações
Embora a rápida reentrada possa beneficiar operadores ao remover satélites inativos, também limita a operação em órbitas baixas. Além disso, o lixo espacial gerado pelas megaconstelações de satélites levanta preocupações ambientais. Um estudo do Instituto Holandês de Radioastronomia aponta que a radiação e o brilho dos satélites dificultam a observação astronômica e podem afetar o clima terrestre.
A situação se torna ainda mais crítica com a previsão da SpaceX de manter até trinta mil satélites Starlink em órbita simultaneamente no futuro. A combinação do aumento no número de satélites e a atividade solar intensa pode ter consequências significativas para a operação e o gerenciamento do espaço orbital.
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