05 de fev 2025
Ben Tarnoff defende a participação cidadã na construção de um Internet democrático
Ben Tarnoff, autor de "Internet para la gente", critica a oligopólios digitais. Ele defende a democratização da internet e modelos comunitários de infraestrutura. Tarnoff destaca a importância da participação cidadã na governança digital. O autor menciona redes comunitárias que oferecem acesso mais barato e rápido. Ele propõe que a regulação deve favorecer entidades públicas e cooperativas.
Retrato de Ben Tarnoff (Foto: Simon Simard)
Ouvir a notícia:
Ben Tarnoff defende a participação cidadã na construção de um Internet democrático
Ouvir a notícia
Ben Tarnoff defende a participação cidadã na construção de um Internet democrático - Ben Tarnoff defende a participação cidadã na construção de um Internet democrático
Ben Tarnoff, autor de "Internet para la gente", questiona: “Si Internet está roto, ¿cómo lo arreglamos?” O livro, lançado em 2022 e agora disponível em espanhol, analisa a evolução da Internet, desde seu financiamento governamental até o domínio das grandes empresas tecnológicas. Tarnoff critica a concentração de poder e propõe alternativas democráticas, onde os usuários, ou "gente", participem ativamente na gestão da rede.
O autor destaca que falar de "gente" em vez de "usuários" promove um senso de cidadania digital, contrastando a visão individualista da Internet. Ele critica a invisibilidade da infraestrutura, comparando-a a tubulações que, embora essenciais, são frequentemente ignoradas até que surjam problemas, como tarifas elevadas por serviços de baixa qualidade. Tarnoff defende que o Estado deve garantir acesso universal à Internet, considerando isso um aspecto fundamental da democracia.
Tarnoff menciona redes comunitárias nos Estados Unidos, que oferecem serviços de Internet a custos mais baixos e com maior participação democrática. Ele observa que a privatização da Internet, iniciada na década de 1990, transformou uma rede pública em um negócio lucrativo, o que limita a participação cidadã nas decisões que afetam a vida digital. O autor sugere que a regulamentação deve focar na criação de entidades públicas ou cooperativas que promovam a democracia na gestão da Internet.
Por fim, Tarnoff enfatiza que a solução para os problemas da Internet requer imaginação coletiva e experimentação. Ele acredita que a privatização não é o único caminho e que é necessário explorar novas formas de organização social para governar a Internet de maneira democrática. A transformação da esfera digital depende de um esforço conjunto para desenvolver alternativas viáveis e sustentáveis.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.