Startups e gigantes da tecnologia disputam a construção de computadores quânticos práticos

A corrida pelo desenvolvimento da computação quântica está ganhando força, com grandes empresas como Amazon, IBM, Google, Intel e Microsoft investindo pesadamente na tecnologia. Novos players, como a Nvidia, também estão entrando no setor, com planos de estabelecer um centro de pesquisa em Boston. Segundo Matt Langione, do Boston Consulting Group, o entusiasmo atual é impulsionado por avanços tecnológicos, investimentos significativos e a identificação de aplicações práticas.

Estima-se que mais de 50 bilhões de dólares tenham sido comprometidos em tecnologias quânticas globalmente, com a computação quântica sendo uma das áreas de foco. Especialistas afirmam que essa tecnologia pode resolver problemas complexos que seriam desafiadores para computadores clássicos. Langione destaca que a computação quântica não substituirá os sistemas tradicionais, mas sim os complementará, permitindo que ambos trabalhem juntos em soluções híbridas.

Os setores que devem ver os primeiros impactos econômicos da computação quântica incluem mobilidade, química, serviços financeiros e ciências da vida, com um potencial de geração de até 2 trilhões de dólares até 2035, segundo análises da McKinsey & Company. Peter Barrett, da Playground Global, enfatiza que essa nova forma de computação pode transformar significativamente diversas indústrias e áreas científicas.

Apesar dos avanços, os computadores quânticos ainda enfrentam desafios para resolver problemas práticos em larga escala. Recentemente, a CNBC visitou a startup PsiQuantum para investigar o progresso na transição da tecnologia quântica de experimentos laboratoriais para aplicações comerciais viáveis. A reportagem destaca as dificuldades que os engenheiros encontram nesse processo, evidenciando que a jornada para a computação quântica útil ainda está em andamento.