Tecnologia

Cientistas desenvolvem reator que captura até 17% do CO2 de caminhões a diesel

Reator cerâmico da UFMG e INT captura 7,7% do CO2 de caminhões, com meta de 30% até a COP30 em 2025. Inovação promete reduzir emissões.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ouvir a notícia

Cientistas desenvolvem reator que captura até 17% do CO2 de caminhões a diesel - Cientistas desenvolvem reator que captura até 17% do CO2 de caminhões a diesel

0:000:00

Um reator cerâmico desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) conseguiu adsorver 7,7% do CO2 emitido por caminhões a diesel. O projeto, que conta com a colaboração de uma montadora anônima, visa aumentar essa captura para 30% e será apresentado na COP30 em 2025.

Os testes realizados em um caminhão, utilizando a metodologia Real Driving Emissions (RDE), mostraram que a tecnologia retém 17,2% das emissões em áreas urbanas. O reator utiliza um material cerâmico produzido com reagentes químicos abundantes, que formam pellets semiesféricos. Esses pellets são instalados no sistema de escapamento, onde retêm apenas o CO2, permitindo que outros poluentes continuem sendo tratados pelo catalisador.

Para que a adsorção ocorra, o CO2 deve estar a uma temperatura inferior a 110 graus Celsius. O desafio é esfriar o gás, que chega ao sistema de escapamento a cerca de 250 graus Celsius. Para isso, uma tubulação expansora foi instalada, aumentando a troca de calor e acelerando o resfriamento do gás.

Desafios e Melhorias

Os pesquisadores buscam aprimorar o design da tubulação e a eficiência dos pellets cerâmicos. A redução da temperatura do gás também visa diminuir os custos de regeneração do material cerâmico, que precisa ser aquecido para liberar o CO2 retido. O objetivo é alcançar temperaturas entre 80 e 90 graus Celsius para otimizar o processo.

A equipe da UFMG já depositou 21 pedidos de patente desde 2007, com 11 patentes concedidas. O foco atual é a captura de CO2 de motores a diesel, atendendo à demanda da montadora parceira. O projeto foi inscrito no Programa Rota 2030, que visa reduzir em 50% as emissões de carbono até 2030.

O aumento das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, que atingiram 223,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2023, destaca a relevância de tecnologias que capturam CO2 de fontes móveis. O químico Pedro Vidinha, da Universidade de São Paulo (USP), considera a iniciativa promissora e adaptável à realidade brasileira.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela