Mistral prevê mudança no foco da inteligência artificial para sistemas integrados em 2025

Arthur Mensch, CEO da startup francesa de inteligência artificial Mistral, afirmou que a tecnologia de IA deve evoluir além dos grandes modelos de linguagem em 2024. Em entrevista à CNBC, ele destacou que o foco deve se deslocar para "sistemas" que integram modelos com dados contextuais de negócios. Mensch explicou que, embora os modelos sejam parte dos sistemas, estes últimos são conectados a dados e ferramentas, permitindo ações autônomas em nome dos usuários.

Fundada há apenas dois anos, a Mistral rapidamente se tornou uma das empresas de IA mais promissoras da Europa, alcançando uma avaliação de R$ 6 bilhões e recebendo apoio da Microsoft. A startup é vista como concorrente da OpenAI e está por trás do desenvolvimento de vários modelos de linguagem de código aberto. Mensch acredita que a integração de modelos com dados relevantes permitirá soluções mais personalizadas para diferentes necessidades empresariais.

O Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, Suíça, também está centrado na discussão sobre IA. Uma pesquisa da Accenture revelou que 58% dos executivos esperam que soluções de IA generativa sejam adotadas em larga escala até 2025, um aumento em relação a 37% em 2024. O evento deste ano viu uma forte presença de marcas associadas à IA, refletindo o crescente interesse das empresas na tecnologia.

A explosão do branding relacionado à IA em Davos em 2024 sinaliza uma mudança de foco em relação ao setor de criptomoedas, que dominou eventos anteriores. A Nvidia, cujos sistemas de chip são essenciais para treinar grandes modelos de IA, é considerada um termômetro para o apetite dos investidores por inteligência artificial. O Fórum também abordará os avanços em inteligência artificial geral (AGI), que se refere a sistemas de IA mais inteligentes que os humanos, e os atuais desenvolvimentos em agentes de IA.