12 de mar 2025
Arthur Mensch, CEO da Mistral AI, destaca a importância da soberania tecnológica na Europa
A Mistral AI, fundada em abril de 2023, já levantou cerca de 1.000 milhões de euros. Arthur Mensch, CEO, defende a soberania tecnológica na Europa em IA. A empresa oferece soluções personalizadas, atendendo setores como defesa e finanças. Mistral é uma das poucas que permite execução local de IA em nuvens privadas. A start up busca competir com gigantes como DeepSeek, focando em modelos específicos para idiomas.
Arthur Mensch, CEO e fundador da empresa francesa Mistral AI. (Foto: Gianluca Battista)
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A start-up francesa Mistral AI, fundada em abril de 2023 por ex-pesquisadores da Meta AI e DeepMind, está se destacando no cenário da inteligência artificial (IA) europeu. Com 170 funcionários e escritórios em várias cidades, a empresa já levantou cerca de 1 bilhão de euros, alcançando um valor estimado de 6 bilhões de euros. O CEO, Arthur Mensch, discute a importância da soberania tecnológica para a Europa, especialmente em um contexto geopolítico onde a dependência de tecnologias dos Estados Unidos pode impactar a economia e a cultura europeia.
Mensch enfatiza que a soberania tecnológica é crucial para garantir que as empresas europeias não dependam exclusivamente de fornecedores americanos, o que poderia resultar em uma significativa perda de PIB para a Europa. Além disso, ele menciona a necessidade de que os modelos de IA reflitam a diversidade cultural e histórica da Europa, em contraste com a visão americana. A soberania estratégica também é abordada, destacando que a IA será fundamental em sistemas de armamento nos próximos anos, tornando essencial que a Europa desenvolva suas próprias tecnologias.
Mistral já está atuando em setores como defesa, finanças e serviços públicos, e vê um grande potencial de crescimento nesse mercado. A empresa oferece soluções que podem ser implementadas localmente, permitindo que os clientes executem suas IAs em nuvens privadas, o que garante maior controle sobre os dados. Mensch destaca que a tecnologia da Mistral é uma das poucas que possibilita essa implementação, o que a torna competitiva em um cenário onde a privacidade e a eficiência são cada vez mais valorizadas.
Por fim, Mensch critica a regulação europeia atual, argumentando que ela pode favorecer empresas americanas em detrimento das europeias. Ele acredita que a adoção de IA pelas empresas europeias tem sido lenta, mas que a conscientização sobre sua importância está crescendo. A Mistral, com sua abordagem focada em personalização e eficiência, busca se destacar em um mercado fragmentado, adaptando suas soluções às necessidades específicas de cada país europeu.
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