11 de mar 2025
Sony testa inteligência artificial em Aloy, de Horizon, e provoca reações polarizadas
A Sony testa IA para melhorar interações com a personagem Aloy em jogos. Vídeo interno revelou como a IA aprimora voz e movimentos faciais de Aloy. Projeto é um protótipo, testado em PC e PlayStation 5, segundo a Sony. Críticas surgiram de fãs e desenvolvedores sobre a abordagem da empresa. Temores sobre o uso de IA podem impactar a atuação de dubladores no futuro.
Foto: Reprodução
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A Sony está explorando um novo modelo de Inteligência Artificial para enriquecer a experiência dos personagens em seus jogos, como demonstrado em uma recente apresentação que envolveu a protagonista de Horizon Forbidden West. A tecnologia, que combina várias camadas de IA, incluindo modelos como OpenAI’s Whisper e GPT-4, foi mostrada em um vídeo que, embora tenha sido removido por questões de copyright, gerou grande repercussão. O diretor de engenharia de software da Sony, Sharwin Raghoebardajal, destacou que “este é só um vislumbre do que é possível”, referindo-se ao potencial da IA em criar interações mais dinâmicas e realistas.
O protótipo demonstrou a capacidade da IA de gerar respostas em tempo real com a voz da personagem, além de simular movimentos faciais. Embora a tecnologia tenha sido testada em um PC, há indícios de que também funcione no PlayStation 5. A apresentação gerou críticas de fãs e desenvolvedores, que expressaram preocupações sobre a direção que a empresa está tomando. A escritora Alanah Pearce, ex-membro da Sony, e Anna Megill, da CD Projekt Red, manifestaram descontentamento com a ideia de um NPC controlado por IA, enfatizando a falta de autenticidade nas interações.
A utilização de IA generativa em jogos não é uma novidade, mas as aplicações atuais têm resultado em personagens que, embora possam conversar, carecem de profundidade e emoção. A crescente adoção dessa tecnologia levanta questões sobre o futuro da atuação no setor, especialmente em um momento em que muitos dubladores, como Ashly Burch, estão em busca de melhores proteções contra o uso indevido de suas performances. O receio é que as empresas possam explorar contratos que permitam o uso de vozes e performances sem compensação adequada.
Se a Sony continuar nesse caminho, é possível que personagens como Aloy se tornem meras ferramentas para manter os jogadores engajados, em vez de protagonistas de narrativas ricas e elaboradas. Essa transformação poderia resultar em experiências de jogo que priorizam métricas de engajamento em detrimento da criatividade e da narrativa, refletindo uma tendência preocupante no setor, onde a busca por retenção de usuários pode eclipsar a essência do que torna os jogos significativos.
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