09 de abr 2025
Uso de inteligência artificial em currículos: recrutadora defende a prática e desmistifica tabus
Inteligência artificial transforma a redação de currículos e cartas de apresentação, mas personalização é essencial para se destacar.
Tom Werner | DigitalVision | Getty Images (Foto: Tom Werner | DigitalVision | Getty Images) Delmaine Donson/E+/Getty Images (Foto: Delmaine Donson/E+/Getty Images)
Ouvir a notícia:
Uso de inteligência artificial em currículos: recrutadora defende a prática e desmistifica tabus
Ouvir a notícia
Uso de inteligência artificial em currículos: recrutadora defende a prática e desmistifica tabus - Uso de inteligência artificial em currículos: recrutadora defende a prática e desmistifica tabus
O uso de inteligência artificial (IA) na elaboração de currículos e cartas de apresentação tem gerado debates entre recrutadores. Kathleen Nolan, recrutadora da GrowthLoop, afirma que a utilização de IA é aceitável, desde que os candidatos personalizem os resultados. Ela destaca que, quando usada corretamente, a IA pode ser uma ferramenta valiosa, permitindo que os documentos reflitam a voz do candidato. Nolan recomenda que os usuários alimentem a IA com prompts específicos e revisem o texto gerado para evitar erros.
Além disso, a adoção de IA por empresas para filtrar currículos está em ascensão. Dados indicam que quarenta e oito por cento dos gerentes de contratação utilizam ferramentas de IA para triagem de currículos. Essas tecnologias vão além da simples busca por palavras-chave, permitindo uma análise mais abrangente das habilidades dos candidatos. A IA pode criar um perfil mais completo do candidato, inferindo competências mesmo que não estejam explicitamente mencionadas no currículo.
Nolan também comenta sobre a personalização dos currículos, sugerindo que não é necessário um ajuste extremo para cada vaga. Ter algumas versões do currículo com pequenas adaptações é suficiente. Ela ainda menciona que, embora cartas de apresentação possam ser lidas, não são essenciais, especialmente em grandes empresas, onde a probabilidade de serem vistas por um humano é reduzida.
Por fim, a implementação de IA no recrutamento não é isenta de desafios. Estudos apontam que algumas ferramentas podem apresentar viés, favorecendo candidatos com nomes associados a grupos privilegiados. Apesar de a IA facilitar o processo de seleção, a decisão final deve sempre ser tomada por um ser humano, garantindo que a contratação leve em conta nuances que a tecnologia pode não captar.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.