12 de mai 2025
Resistência ao uso de inteligência artificial cresce entre profissionais de diversas áreas
Resistência ao uso da inteligência artificial cresce entre profissionais, que temem impacto ambiental e perda de conexão humana.
Para Sabine Zetteler, não faz sentido ler textos escritos por inteligência artificial (Foto: Taran Wilkhu/BBC)
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A resistência ao uso da inteligência artificial (IA) cresce entre profissionais de diversas áreas, que expressam preocupações sobre a falta de conexão humana e o impacto ambiental da tecnologia. Sabine Zetteler, proprietária de uma agência de comunicação em Londres, critica a IA, afirmando que não vê valor em conteúdos gerados por máquinas. Para ela, a frase “por que eu me daria ao trabalho de ler algo que alguém não se deu ao trabalho de escrever?” resume sua visão. Zetteler questiona a ética de substituir humanos por tecnologia, enfatizando que o sucesso deve ser medido pela contribuição à sociedade.
Florence Achery, proprietária de um estúdio de yoga, também se opõe à IA, destacando seu impacto ambiental. Ela acredita que a IA carece de alma e contradiz a essência de seu negócio, que valoriza a conexão humana. Achery menciona que o consumo energético necessário para manter os centros de dados é alarmante e que muitas pessoas não têm consciência disso.
Sierra Hansen, que trabalha em relações institucionais em Seattle, se recusa a usar IA por temer que isso prejudique a capacidade humana de resolver problemas. Para ela, a dependência de sistemas de IA para tarefas simples pode comprometer o pensamento crítico.
Por outro lado, profissionais como Jackie Adams, que atua em marketing digital, sentem a pressão de adotar a IA. Inicialmente resistente, Adams começou a usar ferramentas de IA após perceber que colegas estavam se beneficiando delas. Ela admite que a adoção se tornou necessária para não ficar para trás no mercado de trabalho.
James Brusseau, professor de filosofia e ética da IA, afirma que o momento de resistir à tecnologia já passou. Ele ressalta que, enquanto algumas funções humanas continuarão a ser essenciais, outras, como previsões do tempo, podem ser totalmente automatizadas. Adams, mesmo utilizando IA, expressa preocupação com a crescente influência da tecnologia, sentindo que a falta de controle sobre o uso da IA é uma tendência crescente.
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