A revolução da inteligência artificial avança lentamente nas organizações tradicionais

A revolução da inteligência artificial (IA) está em curso, mas sua adoção nas empresas é lenta. A resistência cultural e a adaptação institucional dificultam a implementação, semelhante ao período histórico da guerra falsa, que ocorreu em 1939.

Atualmente, mais de 60 milhões de agentes de IA estão em operação, mas a integração nas organizações será gradual. Os primeiros setores a adotar a tecnologia devem ser aqueles de entrada, enfrentando desafios regulatórios e a resistência de grupos estabelecidos.

A IA já demonstra potencial para desestabilizar diversos setores. Contudo, a adaptação institucional é mais lenta que a evolução tecnológica. Um exemplo é o uso de secretárias nos anos noventa, que persistiu mesmo com a disponibilidade de tecnologia que poderia substituir essas funções. A cultura organizacional muitas vezes atrasa a adoção de inovações.

As empresas iniciantes, que operam com orçamentos limitados, tendem a adotar a IA mais rapidamente. Elas podem usar a tecnologia para automatizar processos e reduzir custos com pessoal. Além disso, empresas em dificuldades podem ver na IA uma oportunidade de inovação.

Desafios da Implementação

A resistência à IA não se limita apenas a questões financeiras. A natureza "caixa preta" da tecnologia gera preocupações em setores regulados, onde a transparência nas decisões é crucial. Isso é especialmente relevante em áreas como saúde, onde a confiança nas decisões da IA é fundamental.

Os órgãos reguladores também enfrentam pressão para proteger grupos estabelecidos. A IA é promissora em áreas como diagnóstico médico, mas associações profissionais podem resistir à sua adoção para preservar empregos humanos.

A revolução da IA pode levar mais tempo do que o esperado, mas não se deve confundir a calma atual com uma condição permanente. A transformação está em andamento, e aqueles que não se adaptarem podem ser superados quando a tecnologia se consolidar.