Resistência à inteligência artificial cresce entre profissionais preocupados com impactos sociais e ambientais

A inteligência artificial (IA) tem ganhado destaque desde o lançamento do ChatGPT em 2022, gerando debates sobre seu impacto social e ambiental. Apesar da popularidade, há resistência ao seu uso, com preocupações sobre a falta de conexão humana e o impacto ambiental.

A comunicadora Sabine Zetteler critica a IA, afirmando que não vê valor em utilizar ferramentas que não foram criadas por humanos. Para ela, a IA não traz alegria ou aspiração. Zetteler, que dirige uma agência de comunicação em Londres, questiona o valor de um sucesso medido apenas por lucro. Ela destaca que a IA consome dez vezes mais energia que uma pesquisa no Google, segundo um relatório do Goldman Sachs.

A proprietária de um estúdio de yoga, Florence Achery, também se opõe à IA, considerando-a "sem alma" e contrária à essência de seu negócio, que valoriza a conexão humana. Zetteler admite que, embora respeite a IA por seu potencial social, teme seu impacto na sociedade.

Pressão no Trabalho

Nem todos podem se dar ao luxo de rejeitar a IA. Jackie Adams, que trabalha com marketing digital, inicialmente resistiu ao uso da tecnologia, preocupada com seu impacto ambiental. No entanto, a pressão no trabalho a levou a adotar a IA para tarefas como copywriting. Adams percebeu que, sem essa adaptação, poderia prejudicar sua carreira.

A especialista em ética da IA, James Brusseau, afirma que o momento de resistir à IA já passou. Ele destaca que, em áreas como previsões do tempo, a IA substituirá humanos, mas decisões críticas ainda dependerão de pessoas. Adams, embora use a IA, expressa preocupação com a crescente influência da tecnologia em sua rotina, sentindo que perdeu o controle sobre o uso da IA.