He Jiankui e Cathy Tie enfrentam desafios após casamento e planos de gene edição

He Jiankui, o biophysicista chinês que ganhou notoriedade em 2018 por criar os primeiros bebês geneticamente editados, enfrenta novos desafios após sua liberação da prisão em 2022. Casado com Cathy Tie, ele agora lida com a negação de entrada dela na China e a retenção de seu passaporte pelas autoridades.

Desde que saiu da prisão, He tem tentado reconstruir sua imagem e retomar sua carreira científica. Ele usa sua conta no X.com (@Jiankui_He) para compartilhar suas ideias, prometendo um enfoque mais cauteloso na edição genética. Em agosto de 2024, afirmou: “Eu farei isso, apenas depois que a sociedade aceitar.” Sua presença nas redes sociais cresceu, com postagens que variam de reflexões profundas a mensagens provocativas.

Cathy Tie, empreendedora canadense e parceira de He, tem se tornado uma figura central em sua nova empreitada, chamada Cathy Medicine. O projeto visa editar embriões humanos para torná-los resistentes a doenças como Alzheimer e câncer. No entanto, a situação se complicou quando Tie foi impedida de entrar na China durante uma escala nas Filipinas, onde autoridades alegaram que ela estava em uma lista de vigilância.

“Enquanto estou preocupada com meu casamento, estou mais preocupada com o que isso significa para a humanidade e o futuro da ciência,” declarou Tie em sua conta no X. O casal, que se casou em abril de 2025, agora enfrenta incertezas sobre seu futuro juntos e a continuidade de seus planos de pesquisa.

A trajetória de He Jiankui é marcada por controvérsias. Após ser condenado a três anos de prisão por práticas médicas ilegais, ele busca ser reconhecido como um inovador na ciência, apesar das dificuldades. Seu retorno à pesquisa é incerto, com a retenção de seu passaporte impedindo viagens e colaborações internacionais.