27 de mai 2025
Noruega exige uso de inteligência artificial para funcionários do fundo soberano
CEO do fundo soberano da Noruega, Nicolai Tangen, exige uso de inteligência artificial, alertando sobre riscos de resistência à mudança.
Nicolai Tangen, CEO do Norges Bank Investment Management, fundo de riqueza soberana da Noruega, em Oslo. (Foto: Naina Helén Jåma/Bloomberg)
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O CEO do fundo soberano da Noruega, Nicolai Tangen, está incentivando seus 670 funcionários a adotarem a inteligência artificial (IA) em suas atividades. Ele alerta que a resistência a essa tecnologia pode prejudicar as carreiras dos colaboradores. Tangen afirma que a IA é essencial para aumentar a eficiência e evitar o crescimento do número de funcionários no fundo, que possui um patrimônio de US$ 1,8 trilhão.
Em uma entrevista, Tangen destacou que a utilização de IA não deve ser opcional. “Se você não usar, nunca será promovido”, afirmou. O fundo, que é o maior do mundo, está incorporando ferramentas de IA em diversas áreas, como mesas de negociação e operações de back-office. Tangen mencionou que, em uma pesquisa interna, os funcionários relataram um aumento de 15% na eficiência no último ano, com expectativas de alcançar 20% em 2025.
Adoção da IA
Tangen tem se esforçado para convencer sua equipe a adotar a IA, enfrentando resistência inicial. “Minha maior surpresa foi a resistência quando começamos. Sempre há 10-20% que não querem fazer algo se for voluntário”, disse. Para contornar isso, o fundo criou uma equipe de seis facilitadores de IA e 40 embaixadores de IA, além de promover seminários e cursos constantes.
As principais ferramentas de IA utilizadas incluem Claude, da Anthropic, e Copilot, da Microsoft. Tangen acredita que a adoção da IA coloca o fundo à frente de concorrentes que não a utilizam. “Se competirmos com empresas que não usam IA, estamos 50% à frente”, afirmou. O fundo, que possui investimentos significativos em empresas como Apple e Microsoft, opera sob diretrizes do Ministério das Finanças da Noruega, que impõem limites ao uso de IA, garantindo que sempre haja supervisão humana nas operações.
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