Tecnologia

Pesquisadores desenvolvem braço prostético com tecido muscular humano que se move naturalmente

Pesquisadores da Universidade de Tóquio e do IBEC em Barcelona desenvolvem próteses que imitam movimentos naturais e respondem a estímulos elétricos.

Vista de uma mão de 18 centímetros feita à mão na Universidade de Tóquio em uma imagem fornecida pela escola. (Foto: IBEC)

Vista de uma mão de 18 centímetros feita à mão na Universidade de Tóquio em uma imagem fornecida pela escola. (Foto: IBEC)

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Recentemente, a Universidade de Tóquio e o Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC) em Barcelona avançaram na criação de braços e músculos artificiais que se movem e respondem a estímulos elétricos. Essa inovação pode transformar o campo das próteses e dos testes farmacêuticos.

Em fevereiro, a equipe da Universidade de Tóquio, em parceria com a Universidade Waseda, desenvolveu um braço de dezoito centímetros feito de tecido muscular humano, capaz de mover os dedos. O professor Masaharu Takeuchi, da Universidade de Tóquio, destacou que essa tecnologia pode ser aplicada em próteses, testes de medicamentos e pesquisa em fisiologia muscular.

Avanços Tecnológicos

O braço é composto por técnicas de cultivo de tecidos em uma solução rica em nutrientes, com componentes mecânicos feitos de polímeros biocompatíveis. O desafio principal foi gerar força suficiente para movimentar a mão, o que exigiu a criação de estruturas musculares mais complexas, chamadas MuMuTAs (Multi-Muscle Tissue Assemblies). Essas estruturas foram integradas a um sistema robótico acionado por cabos.

Em Barcelona, o IBEC está explorando métodos alternativos de estimulação elétrica. Os pesquisadores desenvolveram sistemas de estimulação mais localizados, utilizando sensores e eletrodos integrados diretamente no músculo. Samuel Sánchez, diretor do IBEC, afirmou que essa abordagem melhora a emulação do funcionamento muscular e permite estudar as respostas a medicamentos.

Futuro Promissor

Os avanços em bioimpressão 3D permitiram ao IBEC reproduzir a arquitetura interna de músculos humanos, aumentando a funcionalidade dos tecidos impressos. Florencia Lezcano, pesquisadora do IBEC, destacou que agora é possível criar estruturas musculares que não apenas se assemelham às humanas, mas também funcionam adequadamente.

Os desafios futuros incluem o controle do tecido muscular por sinais neurais e a viabilidade a longo prazo fora do laboratório. Além disso, a vascularização, que envolve a formação de vasos sanguíneos, é crucial para a integração dos tecidos no corpo humano. A pesquisa em bioengenharia promete não apenas revolucionar as próteses, mas também transformar os métodos de teste médico, substituindo modelos animais por tecidos humanos impressos em laboratório.

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