04 de jun 2025
Paradromics realiza primeiro teste de chip cerebral em humano com sucesso
Paradromics realiza primeiro teste humano com chip Connexus, prometendo avanços na comunicação para pacientes com deficiências motoras.
Connexus, chip cerebral da empresa americana Paradromics. (Foto: Divulgação/Paradromics)
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A Paradromics, empresa americana de implantes cerebrais, anunciou na segunda-feira (2) a realização do primeiro teste humano com seu chip Connexus. O procedimento, que durou menos de 20 minutos, envolveu a implantação e remoção do dispositivo em um paciente não identificado. O teste foi realizado na Universidade de Michigan, sob a supervisão do neurocirurgião Matthew Willsey.
O chip Connexus utiliza técnicas conhecidas por neurocirurgiões e é projetado para registrar sinais cerebrais. Segundo a empresa, o dispositivo emprega inteligência artificial para interpretar as intenções do paciente, permitindo que ele se comunique, escreva ou mova um cursor na tela. O experimento ocorreu em 14 de maio e focou no lobo temporal, área do cérebro ligada à memória e audição.
A Paradromics visa ajudar pessoas com deficiências motoras graves, como aquelas causadas por esclerose lateral amiotrófica, acidente vascular cerebral e lesões na medula espinhal. O neurocirurgião Matthew Willsey destacou que o laboratório está explorando como plataformas avançadas de interface cérebro-computador, como a Connexus, podem desenvolver dispositivos de assistência motora e de fala.
Com esse teste, a Paradromics se aproxima da Neuralink, empresa de Elon Musk, que já realizou dois implantes de chips cerebrais em humanos. Ambas as empresas trabalham em interfaces cérebro-computador que registram atividades neuronais em nível individual, melhorando a qualidade dos sinais recebidos. O modelo da Paradromics utiliza quatrocentas e vinte pequenas agulhas como eletrodos, enquanto a Neuralink emprega sessenta e quatro fios finos com mais de mil eletrodos.
A Paradromics, fundada em 2015, já conduzia estudos pré-clínicos há três anos e planeja iniciar um ensaio clínico no final do ano para avaliar os efeitos a longo prazo e a segurança do chip, aguardando aprovação regulatória.
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