Gigantes da tecnologia enfrentam aumento de 150% nas emissões de carbono até 2023

As emissões indiretas de carbono das operações da Amazon, Microsoft, Alphabet e Meta aumentaram, em média, 150% entre 2020 e 2023. O crescimento é atribuído à alta demanda energética dos data centers que suportam sistemas de inteligência artificial. Os dados foram divulgados em um relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT) nesta quinta-feira, 5 de outubro.

O relatório da UIT, que analisou as emissões de gases de efeito estufa de duzentas empresas digitais líderes, revela que as chamadas emissões indiretas incluem o uso de eletricidade, vapor, aquecimento e resfriamento adquiridos pelas empresas. A pesquisa destaca que o consumo de energia dos data centers cresce quatro vezes mais rápido que o consumo elétrico global, refletindo a rápida expansão da inteligência artificial.

Entre as empresas analisadas, a Amazon lidera o aumento das emissões, com um crescimento de 182% no período. A Microsoft segue com 155%, enquanto a Meta e a Alphabet registram aumentos de 145% e 138%, respectivamente. A UIT alerta que sistemas intensivos em carbono podem gerar até 102,6 milhões de toneladas de CO₂ equivalente por ano.

Embora muitas empresas digitais tenham anunciado iniciativas para reduzir suas emissões, a UIT aponta que essas promessas ainda não resultaram em reduções efetivas. A Meta, única a se manifestar sobre o relatório, informou que está implementando medidas para diminuir tanto as emissões quanto o consumo de energia e água em seus data centers.