Lorries autônomos começam a operar na China, prometendo eficiência no transporte

Caminhões autônomos da Pony AI estão em operação em rotas de teste entre Pequim e o porto de Tianjin, na China. Embora um motorista de segurança esteja presente, os veículos podem navegar sozinhos. O vice-presidente da empresa, Li Hengyu, afirma que a eficiência do transporte aumentará com a operação autônoma.

O motorista de segurança, Huo Kangtian, relata que, após um período de adaptação, se sente seguro ao deixar o caminhão dirigir-se sozinho. Ele destaca que a mudança para o modo autônomo reduz o estresse e a fadiga, tornando seu trabalho mais interessante. Huo também enfatiza que sua função é garantir a segurança, podendo retomar o controle em emergências.

A tecnologia de caminhões autônomos visa reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência. O professor Yang Ruigang, da Universidade de Jiaotong de Xangai, explica que a meta é diminuir os custos com motoristas a quase zero. No entanto, a aceitação pública ainda é um desafio, especialmente após um acidente envolvendo veículos autônomos que resultou em mortes.

Avanços em Hefei

Na cidade de Hefei, na província de Anhui, vans de entrega autônomas já circulam pelas ruas, aumentando a eficiência logística. Gary Huang, presidente da Rino.ai, destaca que essas vans transportam pacotes de centros de distribuição para estações locais, onde motoristas de scooters realizam as entregas finais. A cidade é considerada um modelo para a implementação de novas tecnologias.

Atualmente, a Rino.ai opera mais de quinhentas vans em mais de cinquenta cidades na China, com Hefei sendo a mais avançada. A combinação de incentivo governamental e experimentação local tem facilitado a adoção dessas inovações. As empresas de entrega relatam que a utilização de vans autônomas resulta em entregas mais rápidas e custos reduzidos.

Apesar dos avanços, desafios técnicos permanecem. Caminhões autônomos necessitam de tecnologia aprimorada para detectar perigos a longas distâncias e operar em condições adversas. O professor Yang acredita que a operação de caminhões pesados em rodovias ainda está a cinco anos de distância, mas a confiança na tecnologia está crescendo.