13 de fev 2025
Engenharia genética avança com criação de ratões de laboratório com dois pais machos
Cientistas chineses criaram ratões com dois pais machos, um feito inovador. A manipulação de células tronco embrionárias abre novas possibilidades genéticas. A pesquisa pode levar ao tratamento de doenças genéticas hereditárias eficazmente. A história da clonagem, como a da ovelha Dolly, ainda gera debates éticos. Alimentos transgênicos levantam preocupações sobre saúde e meio ambiente.
"Investigadores conseguem criar óvulos artificiais a partir de células-tronco com a informação genética da mãe. (Foto: Reprodução)"
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Recentemente, foi anunciada a criação de ratões de laboratório com dois pais machos, resultado de avanços na engenharia genética. Essa técnica, que manipula células-tronco embrionárias, abre novas possibilidades para a modificação genética, permitindo não apenas a alteração de organismos, mas também o tratamento de doenças genéticas. A cientista Helen Sang, do Instituto Roslin, já havia desenvolvido galinhas geneticamente modificadas que produzem ovos com proteínas potencialmente benéficas para doenças como esclerose múltipla e câncer de pele.
A narrativa de Ira Levin em sua obra "Os filhos do Brasil" antecipa as manipulações genéticas atuais, explorando a clonagem de Adolf Hitler a partir de células, com base em experimentos do médico Josef Mengele. Levin se inspirou nas pesquisas de Stanley Cohen e Herbert Boyer, que em 1972 desenvolveram a tecnologia de DNA recombinante, permitindo a união artificial de fragmentos de DNA. Um ano depois, pesquisadores conseguiram recombinar genes de sapos com DNA de bactérias, levando à primeira manipulação genética em vegetais.
O primeiro alimento geneticamente modificado, o tomate FlavrSavr, foi comercializado em 1994 nos Estados Unidos, onde atualmente uma parte significativa da agricultura é transgênica. Essa realidade provoca debates sobre os impactos dos alimentos geneticamente modificados na saúde e no meio ambiente, além de levantar questões sobre a possibilidade de resolver problemas como a fome mundial. A morte da ovelha Dolly em 2003 ainda ressoa, mantendo viva a discussão sobre as implicações éticas e práticas da engenharia genética.
Enquanto a ficção de Levin explora cenários extremos, a realidade da engenharia genética apresenta tanto oportunidades quanto riscos. A controvérsia sobre os transgênicos continua, com preocupações sobre seus efeitos na saúde e no meio ambiente, refletindo um dilema que se intensifica à medida que a tecnologia avança.
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