Confiança pública nos pastores atinge novo recorde de baixa, aponta pesquisa Gallup

A confiança pública nos pastores atingiu um novo patamar baixo, conforme revela a última pesquisa da Gallup. Apenas 30% dos americanos consideram o clero como altamente honesto e ético, refletindo uma tendência de queda contínua. Na classificação de 23 profissões, o clero ocupa a 10ª posição, atrás de mecânicos (33%) e juízes (28%), mas à frente de banqueiros (23%) e operadores de casas de repouso (21%). A pesquisa, realizada entre 2 e 18 de dezembro de 2024, também indica que 20% dos entrevistados avaliam a honestidade do clero como baixa ou muito baixa.

Os dados da Gallup mostram que a percepção de ética entre os pastores caiu de uma média de 56% entre 2000 e 2009 para 30% atualmente. A Lifeway Research, ao comentar os resultados, destacou que os pastores ainda estão entre as profissões mais bem avaliadas, mas muito abaixo de enfermeiros (79%) e professores do ensino fundamental (61%). Historicamente, 67% dos americanos consideravam os pastores altamente éticos em 1985, mas essa confiança diminuiu drasticamente após escândalos de abuso sexual na Igreja.

Além disso, a pesquisa sugere que a diminuição da religiosidade e a mudança nas afiliações religiosas dos americanos estão contribuindo para essa queda. A Lifeway observou que a confiança no clero é maior entre republicanos (46%) em comparação com independentes (24%) e democratas (25%). A percepção também varia conforme a demografia: 37% dos brancos avaliam os pastores positivamente, enquanto apenas 20% dos não brancos compartilham dessa visão.

Fatores como renda e educação também influenciam a percepção do clero. Apenas 27% dos que ganham até $ 50.000 anuais têm opiniões positivas sobre pastores, enquanto essa proporção sobe para 40% entre aqueles com renda superior a $ 100.000. A avaliação é ainda mais alta entre graduados, com 40% de aprovação, em contraste com 20% entre aqueles com ensino médio ou menos. Apesar de um breve aumento na confiança entre jovens adultos no ano passado, a avaliação voltou a 20% em 2024.