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26 de jul 2025

Planeta-anão recém-descoberto coloca em xeque a teoria do nono planeta no Sistema Solar

A descoberta do sednoide Ammonite revela uma complexidade nas órbitas do Cinturão de Kuiper e desafia a busca pelo Planeta Nove.

Em fenômeno raro, Netuno estará visível da Terra na noite desta sexta (Foto: Nasa)

Em fenômeno raro, Netuno estará visível da Terra na noite desta sexta (Foto: Nasa)

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A descoberta do sednoide Ammonite, oficialmente designado como 2023 KQ14, pode desafiar a hipótese do Planeta Nove, que sugere a existência de um planeta massivo além de Netuno. A pesquisa, realizada por cientistas japoneses e publicada na revista Nature Astronomy em 14 de julho, revela que a órbita de Ammonite não se alinha com a dos outros sednoides conhecidos, como Sedna.

Ammonite, que recebeu o nome em homenagem ao fóssil da amonita, é um corpo celeste raro localizado no Cinturão de Kuiper. Sua órbita varia entre 66 e 252 unidades astronômicas (UA) do Sol, enquanto Sedna, descoberto em 2004, orbita entre 76 e 900 UA. A principal diferença está na orientação de suas órbitas: o ponto mais distante de Ammonite está voltado para o lado oposto dos outros sednoides, o que enfraquece a evidência estatística que sustenta a hipótese do Planeta Nove.

A teoria, proposta em 2016, sugere que um planeta do tamanho de Netuno ou maior poderia estar influenciando as órbitas dos sednoides. Shiang-Yu Wang, astrônomo do Instituto de Astronomia e Astrofísica de Taiwan, destacou que a descoberta de Ammonite diminui a probabilidade da existência do Planeta Nove, uma vez que sua órbita não segue o padrão dos outros sednoides.

Embora alguns especialistas considerem que a hipótese do Planeta Nove não deve ser descartada, a descoberta de Ammonite indica um cenário mais complexo. David Jewitt, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, afirmou que a evidência de alinhamento nunca foi convincente. Por outro lado, o professor Christopher Impey, da Universidade do Arizona, sugere que, se o Planeta Nove realmente existir, ele pode estar ainda mais distante e difícil de detectar.

A descoberta de Ammonite não apenas amplia a lista de objetos conhecidos no sistema solar, mas também ressalta a importância de continuar a exploração dos confins do sistema solar. O recém-ativado Observatório Vera C. Rubin, no Chile, poderá fornecer dados cruciais para confirmar ou refutar a existência do Planeta Nove nos próximos anos.

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