Bactérias e fungos: descubra o que se esconde nas suas meias usadas

Os pés humanos são um habitat rico em microrganismos, com até 100 milhões de células microbianas por centímetro quadrado. Essa biodiversidade é especialmente alta entre os dedos, onde a umidade e o calor criam um ambiente propício para o crescimento de bactérias e fungos. Recentes estudos alertam que as meias, frequentemente negligenciadas na higiene pessoal, podem acumular altos níveis desses microrganismos, aumentando o risco de infecções.

A pesquisa indica que as meias podem abrigar tanto bactérias inofensivas, como estafilococos coagulase-negativos, quanto patógenos perigosos, como Aspergillus e Staphylococcus. Após apenas 12 horas de uso, as meias podem apresentar as maiores contagens de microrganismos entre as roupas. Isso não se limita ao incômodo do mau odor; infecções como pé de atleta e outras condições dermatológicas podem surgir devido à falta de cuidados adequados.

Importância da Higiene

Para evitar esses problemas, especialistas recomendam lavar as meias a 60°C com detergentes enzimáticos, que ajudam a eliminar bactérias e fungos. Caso a lavagem a quente não seja viável, passar as meias a ferro, especialmente na função de vapor, pode ser uma alternativa eficaz. O calor do ferro penetra nas fibras, eliminando microrganismos residuais.

Além da lavagem correta, é essencial trocar as meias diariamente e optar por materiais que permitam a ventilação dos pés. A microbiologista Primrose Freestone, da Universidade de Leicester, destaca que a higiene das meias é crucial não apenas para a saúde pessoal, mas também para a saúde pública, já que meias mal lavadas podem atuar como vetores de infecção.

Prevenção de Infecções

Adotar práticas de higiene adequadas é fundamental para prevenir infecções fúngicas. Evitar andar descalço em locais públicos, não compartilhar meias e toalhas, e secar bem os pés são medidas importantes. As meias podem reter esporos de fungos mesmo após a lavagem, portanto, usar um novo par diariamente é a melhor abordagem para evitar reinfecções.