Economia

Mercado eleva previsão de inflação e Selic em meio a pressão cambial e desaceleração econômica

O Banco Central revisou a inflação para 2025 e 2026, prevendo 5,08% e 4,19%. A Selic deve fechar 2025 em 15,75%, com aumento esperado devido à inflação. O PIB em 2025 foi ajustado para 2,2%, mas desaceleração é prevista até 2026. Nova meta contínua de inflação será monitorada, alterando a abordagem anterior. Desvalorização do real e problemas fiscais agravam a pressão inflacionária no Brasil.

Segundo o Banco Central, a inflação acima do limite de tolerância no ano passado foi resultado de vários fatores. (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

Segundo o Banco Central, a inflação acima do limite de tolerância no ano passado foi resultado de vários fatores. (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

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Analistas de mercado consultados pelo Banco Central elevaram a previsão da inflação para este ano, com o IPCA projetado em 5,08%, superando em 2,08 pontos o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Esta é a 14ª semana consecutiva de revisão para cima. Para 2025, a expectativa é de que a inflação permaneça pressionada, com o IPCA estimado em 4,19%, enquanto para 2026 a previsão é de 3,90%. O crescimento do PIB para 2025 foi ajustado para 2,4%, embora ainda represente uma desaceleração em relação ao crescimento acima de 3% em 2024.

A previsão para o crescimento do PIB em 2024 foi revisada para baixo, passando de 1,80% para 1,77%. Os economistas mantiveram as estimativas para o câmbio, que deve fechar o ano em torno de R$ 6, e a taxa de juros, que deve subir para 15%. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, atribuiu a inflação acima do limite a fatores como crescimento econômico acelerado e desvalorização do real. A partir de 2025, o Brasil adotará uma nova metodologia de monitoramento da meta de inflação, chamada meta contínua, que considera a inflação fora da meta se ultrapassar os limites por mais de seis meses.

O Itaú Unibanco também revisou suas projeções, prevendo que a taxa Selic feche 2025 em 15,75%, um aumento em relação à previsão anterior de 15%. A equipe do banco acredita que o Banco Central continuará a aumentar a taxa de juros até o final de 2025, devido à depreciação do real e ao cenário inflacionário. Para 2026, a Selic deve se manter em 13,75%. O relatório do Itaú aponta que o real deve se valorizar lentamente, projetando um câmbio de R$ 5,90 em 2025 e 2026.

A inflação também foi revisada para 5,8%, impulsionada pela desvalorização do real e pela pressão no setor de serviços. O Itaú observa que o repasse da variação cambial para a inflação está ocorrendo mais rapidamente do que o habitual. Para 2026, a expectativa de inflação é de 4,5%, com um cenário de desemprego mais elevado. O crescimento do PIB para 2024 foi ajustado para 2,2%, enquanto a projeção para 2026 foi reduzida para 1,5%. A política monetária deve ter um impacto mais significativo a partir do segundo trimestre de 2025, conforme as medidas de aperto monetário se intensificam.

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